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Fome

Neymar ama enfrentar o Corinthians, mas não tem contra o rival de hoje a mesma eficiência

DE SÃO PAULO

O clássico entre Santos e Corinthians na tarde de hoje, na Vila Belmiro, marca o reencontro dos rivais depois da semifinal da Libertadores. E, mais do que isso, é o confronto entre Neymar e o time que mais gosta de enfrentar, como já disse repetidas vezes.

Maior protagonista do futebol brasileiro, o atacante fracassou nas duas principais competições que disputou em 2012 (Libertadores e Olimpíada de Londres, com a seleção) e tem a chance de iniciar a redenção justamente contra um dos algozes que fez com que o seu status de craque fosse questionado.

Desde que apareceu no futebol profissional, em 2009, Santos e Corinthians duelaram 16 vezes. Em apenas uma Neymar esteve fora, em agosto do ano passado, quando estava na Alemanha com a seleção e não pôde jogar no empate pelo Brasileiro.

A trajetória do astro contra o time que é considerado pelos torcedores santistas o maior rival tem dor, briga e viagem longa no cardápio.

Em 2010, Neymar estava afastado do time por causa de uma confusão com o então técnico santista Dorival Júnior, momento que considera o pior de sua carreira.

Para que a estrela santista estivesse em campo contra o Corinthians, a diretoria demitiu o técnico, e Neymar foi escalado. O atacante marcou um gol, mas não conseguiu evitar a derrota por 3 a 2.

Em 2011, três dias antes da final do Paulista entre Santos e Corinthians, o astro deixou o campo chorando após apanhar na partida contra o Once Caldas, da Colômbia.

Mas o tornozelo inchado e dolorido não o impediu de entrar em campo na Vila e marcar um gol na vitória por 2 a 1, que garantiu o título estadual para o Santos.

O último capítulo dessa história aconteceu na semana passada, quando o jogador antecipou o retorno da Suécia, onde atuou na quarta-feira com a seleção, e fretou um jatinho para voltar mais cedo para o Brasil. Neymar jogou na quinta-feira contra o Figueirense e teve dois dias para descansar e pensar no Corinthians.

A preferência por estar em campo contra o arquirrival, porém, não resulta em produtividade. Sua média de gols pelo Santos, de 0,58 por jogo, despenca ante o Corinthians: foram quatro gols em 15 partidas, ou 0,26 por duelo.

Neymar está na contramão de ídolos santistas que também adoravam enfrentar os corintianos, mas tinham atuações mais brilhantes.

Pelé nunca fez tantos gols em um time como no Corinthians. Pelo Santos, foram 50 em 49 jogos, média de 1,02, superior ao índice com a camisa santista, de 0,97.

Robinho marcou quatro vezes em oito jogos contra o Corinthians, média de 0,5, melhor do que os 0,44 que fez somando todos as partidas.

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