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Em 8 meses, DIS derruba o valor de mercado de Ganso pela metade

SANTOS
Fundo aceita oferta de R$ 13,09 mi por fatia de 55% dos diretos que lhe pertence

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O interesse do fundo DIS em tirar o meia Paulo Henrique Ganso do Santos é tanto, que a empresa aceitou desvalorizar seu principal ativo em 52% em cerca de oito meses.

O grupo, que também empresaria o jogador, já acertou com o São Paulo a venda dos 55% dos direitos do meia que lhe pertencem. Por essa fatia, o clube aceitou pagar R$ 13,09 milhões. Além disso, ofereceu R$ 10,71 milhões ao Santos pelos 45% do rival, oferta que foi prontamente rejeitada na Vila Belmiro.

O valor de Ganso caiu vertiginosamente desde o começo do ano, isso nas contas da própria parceira do meia.

Logo após a fracassada campanha no Mundial de Clubes, em dezembro, o DIS comprou 10% dos direitos do jogador que pertenciam a ele mesmo por R$ 5 milhões.

Assim, ampliou para 55% sua participação nos direitos do meia e se tornou majoritário -até então, tinha os mesmos 45% que o Santos.

Por essa cotação, hoje teria direito a receber R$ 27,5 milhões por essa proporção. Os R$ 13,09 milhões que aceitou receber do São Paulo significam um decréscimo de 52% no valor do camisa 10.

O que atrapalha a conclusão da transferência de Ganso para o São Paulo é a exigência do Santos em receber os R$ 23,8 milhões a que tem direito por seus 45%. O clube do litoral se baseia no valor total da multa para vendas dentro do mercado nacional, que é de R$ 53 milhões.

As negociações continuam, e o São Paulo deve apresentar melhores números ao rival. Com o meia, as bases salariais já foram acertadas. Só resta dobrar o Santos.

O problema é que a primeira proposta são-paulina não foi bem digerida pela diretoria alvinegra. Antes de receber o documento, anteontem, dirigentes santistas haviam ouvido da boca de cartolas do São Paulo que a oferta chegaria a R$ 13 milhões.

Mas, quando a proposta oficial do São Paulo chegou, por e-mail, o valor foi de R$ 10,71 milhões para o clube.

O Santos entendeu que a diretoria do São Paulo quer fazer média com a torcida ao tentar contratar Ganso com valores vistos como ínfimos.

Para fechar o negócio, o Santos exige R$ 23,8 milhões. Ou seja, se o DIS, em litígio com o clube desde que Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro assumiu, abrir mão de seu percentual, a venda está selada.

Outra opção cogitada na Vila Belmiro é o São Paulo oferecer cerca de R$ 20 milhões e mais um jogador que possa ser útil para o time de Muricy Ramalho. Caso de Cortez, lateral esquerdo, posição carente no Santos.

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