Sozinho, Neymar decide para o Santos

Palmeiras 1
Corrêa, aos 41min do 1º tempo

Santos 2
Neymar, aos 44min do 1º tempo e aos 18min do 2º tempo

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Fazia mais de três anos que Neymar não sentia o gosto de uma vitória ante o Palmeiras.

E, se dependesse dos seus companheiros de Santos, dificilmente seria ontem que esse incômodo tabu acabaria.

Mas Neymar, às vezes, não precisa de mais ninguém. Com dois gols, decidiu para sua equipe um clássico que tinha toda a cara alviverde.

E reviveu as duas vitórias nas semifinais do Paulista de 2009, seu primeiro ano de carreira, as únicas até ontem sobre o rival que tradicionalmente mais lhe incomoda.

O fim do jejum de Neymar, no entanto, não deixa o Santos nem perto de cumprir sua meta. A equipe irá terminar o primeiro turno a pelo menos oito pontos da zona de classificação para a Libertadores. E o Palmeiras, pior, volta hoje à zona de rebaixamento.

Com 11 desfalques e uma formação mais ofensiva, o time passou por quase todo o tempo a impressão de que a vitória viria naturalmente. Marcava sob pressão, recuperava a bola rapidamente e rondava a área rival. Mas faltava criatividade, mesmo com o retorno de Valdivia.

Só conseguiu inaugurar o marcador em um chute de fora da área bem colocado no canto pelo volante Corrêa.

Até então, Neymar era um mero espectador da partida. Seguido de perto por João Vitor, improvisado na lateral direita, era anulado em todas as tentativas de arrancada.

Foi preciso uma bola parada para ele brilhar. Uma falta de longa distância sobre Ganso, também apagado, que entrou em campo sob os gritos de sua torcida: "Não é mole, não. Ô, Paulo Henrique, respeita o meu Peixão". Ele tem proposta do São Paulo.

Neymar cobrou bem a falta e empatou a partida.

E, depois, foi decisivo de novo, em jogada característica sua. Recebeu de frente para o gol, deu uma gingada e chutou fraco. Mas a bola foi bem colocada no canto, e Bruno não a alcançou.