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Seleção será de empresa árabe até a Copa de 2022

CBF
Acordo assinado por Teixeira prevê cota de US$ 1 mi por amistoso

JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

No dia 15 de novembro de 2011, quatro meses antes de renunciar à presidência da CBF, Ricardo Teixeira assinou, em Doha, no Qatar, um novo contrato com a International Sports Events (ISE).

O acordo deu à empresa da Arábia Saudita, com sede nas Ilhas Cayman, o direito de organizar jogos da seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2022, que será no Qatar.

O contrato entre a CBF e a ISE, ao qual a Folha teve acesso, prevê o pagamento de uma taxa de US$ 1,050 milhão (R$ 2,12 milhões) em cada partida da seleção.

Trata-se de um aumento de pouco mais de 20% em relação ao anterior.

A ISE foi responsável pelos amistosos do time da CBF entre 2006 e 2010 -em março daquele ano, houve uma alteração no contrato para contemplar mais dez partidas.

Por esse acordo, a CBF recebia US$ 805 mil por jogo.

O novo documento é assinado por Teixeira e por um certo Moheyddin Kamel, figura desconhecida no mundo do esporte, que teria sido apresentada ao ex-presidente da CBF por Sandro Rossel, presidente do Barcelona e amigo do cartola.

Rossel é investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal por seu envolvimento no amistoso entre as seleções do Brasil e de Portugal, em 2008, quando recebeu R$ 9 milhões do governo do DF para organizar o jogo.

A ISE compra o direito de organizar as partidas da seleção, mas não é efetivamente ela quem negocia os diretos de transmissão, placas de publicidade, bilheteria, potenciais adversários e locais.

Esse trabalho é terceirizado e, sob o novo contrato, também há uma nova parceira tratando pela CBF e pela ISE das partidas do Brasil.

Há 12 dias, a Pitch International, uma empresa inglesa de marketing esportivo, anunciou com alarde que havia acertado com a CBF para organizar a parte operacional dos amistosos até 2022, função que até este ano pertencia à suíça Kentaro.

No site da Pitch, no dia 15 de agosto, a empresa anunciou a parceria, com frases de seu diretor, Jonathan Rogers, e dos atuais presidente e vice da CBF, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

Marin se diz "impressionado com as ideias inovadoras da parceria". O primeiro jogo a ser organizado pela Pitch será em outubro, provavelmente contra o Japão, na Polônia.

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