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Palmeiras perde e vê torcida protestar

SÉRIE A
Queda ante a Portuguesa no Canindé deixa a equipe de Scolari afundada na zona do rebaixamento

Portuguesa 3
Bruno Mineiro, aos 5min, e aos 25min, e Moisés, aos 41min do 2º tempo
Palmeiras 0

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Betinho não tem ninguém pela frente e vê Barcos sozinho dentro da área. Tenta um passe simples por cima e dá a bola nas mãos de Dida.

Corrêa avança pela direita. Tem o caminho livre para chegar até a linha de fundo. Arma o cruzamento e manda direto para a linha de fundo.

Maikon Leite dribla um e invade na área. Pode chutar a gol ou rolar para um companheiro. Opta pela finalização. Sem nenhuma direção.

Até o último fim de semana, essas jogadas eram sucedidas por aplausos, mostras de apoio na linha de "Vamos lá, na próxima consegue".

Mas ontem não foi assim.

Um mês e meio e 14 jogos depois da conquista da Copa do Brasil, a torcida encerrou a lua de mel com o Palmeiras.

A 12ª derrota no time no Brasileiro foi a gota d'água.

Até cair por 3 a 0 ante a Portuguesa, em um Canindé com muito mais torcedores a favor do que contra, a equipe ainda não havia perdido por mais de dois gols de diferença na Série A. E nem tinha feito uma partida tão ruim.

Não à toa o comportamento da torcida mudou. Os aplausos viraram murmúrios e ofensas. E a Mancha Alviverde, organizada cujos integrantes foram liberados a voltar a frequentar os estádios uniformizados, chamou a equipe de "sem-vergonha".

Reflexo de quem começa a acreditar na incomum possibilidade de o Palmeiras disputar em 2013 a Libertadores, glória de todos os times brasileiros, e a Série B, o fundo do poço para os grandes.

O time dirigido por Luiz Felipe Scolari está a quatro pontos do Bahia, o primeiro fora da zona do rebaixamento.

Em apenas 20 partidas e com o segundo turno praticamente completo pela frente, já sofreu 12 derrotas, duas a mais do que em todas as 38 rodadas do Brasileiro-2011.

Desde que voltou à Série A, em 2004, apenas em 2006 o Palmeiras perdeu mais vezes, no campeonato todo, do que a equipe que recolocou o clube no caminho dos títulos e que agora provoca temor.

Medo justificado pelo futebol de ontem. Em 90 minutos, o time não fez nada que desse um fio de esperança.

Conseguiu ir para o intervalo com o placar zerado porque a Portuguesa também não era assim tão melhor.

Mas, quando Corrêa levou drible da vaca de Ananias pela lateral, e Bruno Mineiro testou cruzamento para dentro do gol, tudo desandou.

O segundo tento veio depois de chute forte de Rogério. Bruno espalmou, a bola acertou a trave, e Bruno Mineiro empurrou de cabeça.

E houve tempo para mais um, que saiu naturalmente. Dentro da área, Moisés dominou, girou e pôs no canto.

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