Copa dos Campeões

Oriundos da URSS batem recorde no torneio

A Copa dos Campeões jamais se pareceu tanto com os tempos em que a União Soviética era potência esportiva.

A temporada 2012/13 da mais rica competição interclubes do mundo terá participação recorde de equipes oriundas de países que formavam o gigante comunista.

Serão cinco clubes com DNA soviético na fase de grupos, que será sorteada hoje: os russos Spartak Moscou e Zenit, os ucranianos Dínamo de Kiev e Shakhtar Donetsk e o Bate Borisov, de Belarus.

Até então, o número de representantes da região na etapa principal nunca havia sido maior do que quatro.

O recorde foi batido ontem, com Dínamo e Spartak passando pela fase de playoffs.

Os ucranianos perderam em casa por 2 a 1 para o Borussia Mönchengladbach, mas ficaram com a vaga graças ao 3 a 1 na Alemanha.

Já o Spartak passou sufoco. Após bater o Fenerbahce por 2 a 1 na Rússia, saiu na frente na Turquia, mas sofreu o empate e teve de segurar o 1 a 1 com um a menos -De Zeeuw recebeu o vermelho.

Em tempos de crise econômica na Europa, a maior parte dos clubes soviéticos tem a vantagem de ser bancada por magnatas nascidos na capitalização dos países.

O dono do Shakhtar é o homem mais rico da Ucrânia. O do Dínamo tem ligações estreitas com o governo. Quem financia o Zenit é a empresa que mais produz gás natural no mundo, e o Spartak, uma gigante do ramo petrolífero.

Com o dinheiro soviético, o inglês Chelsea, do russo Roman Abramovich, tornou-se o atual campeão europeu.