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São Silvestre será de manhã, e chegada volta para a Paulista

ATLETISMO
Mudanças acontecem após reclamações sobre o trajeto do ano passado, com final no Ibirapuera

RODOLFO LUCENA
COLUNISTA DA FOLHA

A São Silvestre, mais tradicional corrida de rua do país, no dia 31 de dezembro, terá novidades neste ano: será disputada de manhã -não à tarde, como ocorria desde 1989-, e a chegada volta a ser na avenida Paulista, o que não ocorreu na última edição.

As mudanças acontecem depois de o trajeto de 2011 ter recebido muitas críticas.

No ano passado, a chegada ocorreu em frente ao Obelisco, no parque Ibirapuera, numa área transformada em lamaçal por causa da chuva e da multidão de gente pisoteando a grama molhada.

Além disso, de acordo com especialistas em medicina esportiva, o percurso era de alto risco por causa de fortes descidas na primeira parte e no trecho final da prova.

Neste ano, a primeira largada será às 7h10, para portadores de deficiência. Às 8h40 começará a prova da elite feminina. A largada geral será às 9h. Segundo a organização, cerca de 25 mil corredores devem participar do evento. Em 2011, a prova teve 19.266 concluintes (15.342 homens, 3.924 mulheres)

"Do ponto de vista do corredor, é muito melhor a prova ser pela manhã, pois o clima está mais ameno, mesmo no verão", diz Nélson Evidencio, 41, presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, entidade que protestou contra as alterações na prova passada.

Na sua edição número 88, as principais mudanças em relação ao trajeto são um circuito no centro da cidade, passando pelo largo do Arouche, circundando a praça da República e voltando até o Teatro Municipal, além da chegada, que retorna ao número 900 da avenida Paulista.

"Fazer a largada e a chegada na Paulista se tornou possível por ser pela manhã, assim não há conflito com o Réveillon", afirma Thadeus Kassabian, diretor da Yescom, responsável pela organização técnica do evento.

Para Evêncio, o novo percurso "está mais parecido com o tradicional, e a chegada na Paulista, depois de subir a Brigadeiro, é excelente".

Ele aponta, porém, que persiste a descida íngreme da rua Major Natanael, pouco depois do primeiro quilômetro da corrida: "É prejudicial às articulações. As pessoas precisam tomar muito cuidado para não tropeçar".

Segundo a Fundação Cásper Líbero, que realiza a prova, as mudanças são efeito de um estudo encomendado pela entidade à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e foram aprovadas ontem.

Nas redes sociais, a reação foi, em geral, de apoio à volta da chegada na Paulista. Mas corredores lembram que vai persistir o problema da demora na largada, devido à multidão de participantes -uma solução apontada é a largada escalonada, em ondas.

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