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Foco Guardas com roupa de safari protegem bandeira olímpica e arrancam aplausos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO No centro, a bandeira olímpica. Mas homens com uniformes que lembram roupas de safári, ladeando-a, também chamam a atenção. A cena, que acontece todos os dias na sede da Prefeitura do Rio, repetiu-se ontem, no desfile do Dia da Independência, no centro da capital fluminense. E arrancou aplausos dos espectadores. Até 2016, a bandeira sempre será vista com ao menos dois homens de bege, com chapéu estilo caçador e botas até o joelho. São os guardiões de honra da Guarda Municipal do Rio em uniforme histórico, que remete à Polícia Municipal de 1930. Quando a ocasião pede gala, os guardas vestem túnica branca, calça marrom, sapatos pretos e quepe bege. Eles não são exatamente responsáveis pela segurança, embora também a façam, mas exigência de um protocolo quase centenário -a bandeira foi apresentada no Congresso de Paris em 1914. A que está no Rio, porém, foi feita para os Jogos de Seul (1988), com 2,57 m por 1,80 m de seda. Segundo o guardião Flávio Nascimento, 35, a expectativa do COI "é que dure cem anos". Por isso, apesar de esticada num suporte (não pode ser fixada) em uma redoma de metal e acrílico, está amassada -não é passada, evitando desgaste. O COI requer ainda que só a toquem usando luvas brancas -o que já foi desrespeitado no Brasil, inclusive pela presidente Dilma Rousseff. O líder do grupo de 12 voluntários, Luiz Carlos Nunes, 45, conta que foram escolhidos por comportamento e experiência em cerimonial, mas precisaram de treinamento específico para aprender, por exemplo, a dobrar a bandeira para colocá-la na caixa de madeira que a guarda. Mulheres, por ora, não têm chance na função. A Guarda Municipal justifica que o perfil da guarda é "mais masculino" por exigir longa permanência em pé, sob sol ou chuva. Extraoficialmente, diz-se que o problema é a falta de uniforme histórico feminino. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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