Lá e cá

Os dois craques que falharam com a seleção brasileira no Morumbi provavelmente farão muita falta ao clássico de hoje na Vila Belmiro.

Santos e São Paulo se enfrentam pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro sem Neymar e Lucas, que anteontem apresentaram desempenho pífio na vitória magra sobre a África do Sul, mas que deixam seus times em apuros quando não jogam.

A equipe de Muricy Ramalho sofre com uma sequência de três derrotas consecutivas, duas delas sem sua principal estrela. Despencou para o 14º lugar, apenas seis pontos à frente da zona do descenso.

No Brasileiro, o aproveitamento da equipe santista com Neymar em campo é de 67,6%. Sem ele, o desempenho santista cai para 26,6%.

"O nosso grande problema é esse. Nós não conseguimos repetir o mesmo time", disse Muricy, que praticamente jogou a toalha no Nacional.

"Acho muito difícil ver o Santos no G4. Não digo pelo nosso time. Quando tivermos todas as nossas peças nas mãos, vamos engrenar uma sequência de vitórias. Mas é necessário analisar os [times] que estão lá em cima."

Além de Neymar, também está na seleção o volante Arouca. Bruno Rodrigo, suspenso, e Juan, que pertence ao São Paulo, não poderão jogar na Vila Belmiro hoje.

No São Paulo, que flerta com o G4, mas jamais o alcançou neste Brasileiro, a dependência de Lucas é grande. O time iniciou a rodada na quinta posição, com 35 pontos, quatro a menos que o Vasco, o quarto colocado.

Sem Lucas, o aproveitamento do time é de apenas 38% dos pontos. Com ele, o desempenho chega a 70%.

"Ele vem sendo o esteio do nosso meio-campo. A ausência dele mexe, em alguns momentos, com a estrutura do nossa equipe. Nosso time é mais forte com esse jogador, que e é muito útil para nós", disse o técnico Ney Franco.

Nos últimos dois jogos, o São Paulo conquistou apenas um ponto e hoje deve escalar Osvaldo na vaga de Lucas. Maicon, suspenso, também não joga e deve dar lugar a Casemiro ou Cícero. No ataque, o artilheiro Luis Fabiano está confirmado.

"Vai ser equilibrado. O Santos tem os problemas dele. Nós, os nossos. Creio que não há favorito", disse Ney.