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Desesperado, Palmeiras sofre para conseguir um novo técnico

SÉRIE A
Na zona do rebaixamento, clube fica sem opções e fala até em efetivar interino

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

A diretoria palmeirense não sabe o que fazer. Já procurou os técnicos Emerson Leão (São Caetano) e Jorginho (Bahia), mas torce mesmo para que o interino Narciso se saia bem amanhã contra o Corinthians e, assim, ela ganhe fôlego para pensar no substituto de Luiz Felipe Scolari, demitido anteontem.

"Vamos esperar o trabalho do Narciso. Não podemos desprezar a manutenção dele, apesar de termos pensado em alguns nomes", disse o presidente Arnaldo Tirone.

A dificuldade para encontrar uma solução convincente para o comando do time fez Tirone consultar desde desafetos, como ex-presidentes (Luiz Gonzaga Belluzzo foi um deles), até torcedores ligados a organizadas atrás de um nome que agrade.

Ouviu sugestões óbvias de treinadores desempregados, como Paulo Roberto Falcão e Cristóvão Borges, mas também ideias diferentes e duas chamaram sua atenção.

A primeira recomendava contratar Sérgio Guedes, ex-goleiro que, como técnico, passou por times médios do Brasil com Evair, ex-centroavante palmeirense, como auxiliar. O presidente rechaçou porque teme queimar um grande ídolo como Evair.

Na segunda, ouviu que um técnico bom para "tiro curto" (três meses de contrato para fugir do rebaixamento) seria Celso Roth, empregado no Cruzeiro, mas na corda bamba, ainda mais com Scolari de volta ao mercado.

"Não posso entrar no desespero nem vou entrar", declarou Tirone.

A princípio, o presidente queria resolver rapidamente o substituto de Scolari. Tirone admitiu que, após a derrota para o Vasco na quarta, ele e outros membros da direção palmeirense começaram a colocar no papel possíveis nomes. A demissão de Scolari nem estava oficializada.

Emerson Leão e Jorginho encabeçaram a lista, mas ambos estão empregados. Leão tem rejeição forte de torcidas organizadas, que apresentaram veto a Tirone em reunião anteontem à noite.

Jorginho então foi procurado, disse que gostaria de voltar ao clube, mas avisou que só sairia se o Bahia o liberasse. O time, rival do Palmeiras na luta contra o rebaixamento, disse não.

Tirone rechaçou a possibilidade de treinadores se recusarem a assumir a equipe nessa situação. "Qualquer treinador gostaria de assumir o Palmeiras. Mas alguns estão empregados. Isso dificulta."

A efetivação de Narciso é improvável, mas não impossível. Para acreditar que interinos dão certo, o dirigente se apega justamente em Jorginho. Em 2009, ele ficou como interino na vaga de Vanderlei Luxemburgo e fez campanha satisfatória, mas deu lugar a Muricy Ramalho.

A troca não deu certo.

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