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Plano B

Gilson Kleina chega ao comando do Palmeiras com pouca experiência na primeira divisão

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO
RAFAEL REIS
ENVIADO ESPECIAL A ITU

O técnico escolhido pelo Palmeiras para tentar evitar a ida do time para a Série B tem curta carreira na primeira divisão. Ainda assim, já viveu dois rebaixamentos.

Gilson Kleina, 44, que rescindiu ontem contrato com a Ponte Preta para assumir o comando do vice-lanterna do Brasileiro, tem no currículo apenas 96 jogos na elite.

Dos 12 maiores clubes do país, apenas o Inter tem um técnico com menos bagagem, já que Fernandão está no primeiro ano como treinador.

Nos poucos momentos em que esteve na Série A, Kleina raramente foi bem. Ele participou das campanhas que culminaram no rebaixamento do Paysandu, em 2005, e no do Paraná, em 2007.

Seu aproveitamento na primeira divisão, que inclui ainda outra passagem pelo Paraná, um período no Criciúma e a fase atual na Ponte, é de apenas 36%, pouco melhor que o do Sport nesta temporada, hoje o melhor time da zona do rebaixamento.

O único título de sua carreira, iniciada há dez anos no Villa Nova-MG após trabalhar como assistente de Abel Braga até no Olympique de Marselha-FRA, foi o Alagoano de 2006, com o Coruripe.

Ele teve passagens por equipes que nunca chegaram à elite do Brasileiro, como Duque de Caxias-RJ, Cianorte-PR e Caldense-MG. Em 2009, esteve no Boavista, time do Rio que não disputa nem a Série D do Nacional.

Um currículo bem diferente do de Luiz Felipe Scolari, que deixou o time na semana passada. O treinador já comandou a seleção brasileira, foi campeão de Copa do Mundo, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil.

O Palmeiras será o primeiro time que já conquistou títulos nacionais a ser dirigido por Kleina. No ano passado, o técnico recusou uma proposta do Fluminense para continuar na Série B com a Ponte Preta -conquistaria o acesso posteriormente.

"Assim como decidi vir para a Ponte, que me fez um vencedor, chega um momento em que é preciso dar um salto", afirmou o técnico na despedida da equipe campineira, décima colocada no campeonato e na qual estava desde o final de 2010.

Kleina acertou com o Palmeiras na segunda sondagem do clube. Ele nunca foi o preferido, apesar de ter aparecido na primeira lista de técnicos desejados pelo presidente Arnaldo Tirone. Emerson Leão, Jorginho e Dorival Júnior estavam na frente.

Kleina recusou a proposta recebida no domingo porque desejava um contrato maior do que os três meses inicialmente oferecidos pelo clube.

Depois de a negociação com Paulo Roberto Falcão, que está desempregado, fracassar, Tirone voltou a procurar Kleina e selou um acordo até o fim de 2013 e com salário de R$ 250 mil -Scolari recebia R$ 700 mil.

O Palmeiras pagou cerca de R$ 500 mil em multa para a Ponte. Kleina exigiu uma rescisão alta ao clube. Em janeiro, há eleição, e um eventual novo presidente poderia não bancá-lo no cargo.

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