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Blasé

Sem declaração de amor ao novo time, Ganso tem recepção morna no São Paulo

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

"O São Paulo sempre demonstrou ter interesse pelo meu futebol e mostra ter o perfil certo para mim. É onde meu futebol vai encaixar."

Foi assim que o meia Paulo Henrique Ganso, 22, explicou como escolheu o segundo clube que defenderá em sua carreira profissional.

Nenhuma promessa de que cumprirá até o fim o contrato válido até 2017 ou declarações de amor eterno. Apenas alguns elogios e nada de demonstrações de emoção.

A primeira entrevista coletiva concedida pelo ex-jogador do Santos no São Paulo foi fria, mas profissional. E teve cara de apresentação de projeto. A torcida tricolor parece ter entendido qual é a relação com seu novo camisa 8.

Apresentado ao público presente do Morumbi antes da partida contra Cruzeiro, ontem, Ganso teve uma recepção não mais que morna.

A torcida gritou seu nome enquanto o meia dava a volta no campo, mas muito mais fortes foram os coros de "São Paulo" e o hino do clube.

Ao subir no escudo presente no gramado, o jogador se limitou a saudar quem o apoiava. Nenhum gesto extremo, como os beijos dados por Luis Fabiano em sua apresentação no ano passado.

A festa para Ganso ficou bem distante da feita para celebrar a volta de um antigo ídolo, apesar do público parecido. Em 2011, 45 mil pessoas festejaram o centroavante. Ontem, eram 40 mil.

O momento atual de Ganso não ajuda. O jogador vem de dois anos quase perdidos por problemas físicos, que levantaram dúvidas sobre seu potencial de camisa 10 da seleção para a Copa de 2014.

A forma como saiu do Santos talvez também dificulte reações mais passionais. O torcedor são-paulino pode até ter se lembrado de Oscar, que assim como Ganso, entrou em guerra com o clube que revelou até selar a saída.

Por quase dois anos, Ganso e o DIS, que agencia sua carreira, pressionaram o Santos, primeiro a aumentar seu salário, depois a negociá-lo.

O desgaste foi tão grande que o fundo de investimento ajudou o São Paulo a pagar os R$ 23,9 milhões necessários para a transferência.

"Ele falava que me tratava como um pai. Se vai ficar abalada essa relação, espero que mais para frente a gente possa conversar e isso mude", disse Ganso sobre o presidente do seu antigo clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

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