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Sem definição de clubes, Mundial tem venda de bilhetes a conta-gotas

MUNDIAL
Brasileiros compraram metade das 20 mil entradas comercializadas fora do Japão

MARCEL RIZZO
ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

A indefinição de três dos sete participantes do Mundial de Clubes da Fifa, sobretudo das equipes asiáticas, tem travado a liberação dos lotes de ingresso para o torneio, que será disputado em dezembro.

A venda dos bilhetes pelo site da entidade máxima do futebol tem gerado reclamações de torcedores brasileiros, que se queixam da falta de informações sobre a quantidade de assentos e sobre as datas em que serão disponibilizados.

Segundo informou o Comitê Organizador Local do torneio, será aberta em novembro um nova etapa de comercialização -por ora, não há entradas disponíveis. Justamente em novembro serão conhecidos os representantes da África, da Ásia e do Japão, o país-sede, que indica o campeão nacional. Corinthians, Chelsea-ING, Monterrey-MEX e Auckland City-NZL estão classificados.

A demora na definição das equipes restantes -na Ásia, por exemplo, ainda há oito participantes na Liga dos Campeões local- faz com que, por questões comerciais, segundo apurou a Folha, a organização escalone a venda dos ingressos ao máximo.

Não é interessante pôr à disposição tudo até setembro ou outubro sem saber quais serão todos os participantes.

Os torcedores de times asiáticos são considerados estratégicos para as vendas. São consumidores vorazes e a logística facilita a presença no torneio deste ano pelo fato de o evento ser no Japão.

A organização retém os ingressos para o caso de o representante do Japão e o da Ásia serem clubes com torcidas fanáticas e que precisarão de mais ingressos.

"Há uma contingência até a definição de todos os participantes", disse Suminori Gokoh, diretor do comitê local. Os representantes afirmaram que estão surpresos com a alta procura por parte dos brasileiros, mas não admitiram problemas nas vendas.

Sem mais detalhes, informaram que ao menos 10 mil ingressos foram comprados no Brasil, metade do que já foi vendido fora do Japão.

"Para os brasileiros que não vivem no Japão, há duas formas de comprar ingressos: pelo site da Fifa ou via clube, que recebe uma cota", declarou Gokoh.

Segundo Edu Gaspar, gerente de futebol corintiano, o clube ainda não recebeu sua parte e não sabe como vai dividi-la. É certo que não haverá venda em bilheterias -a maior parte será enviada para a CVC, parceira do clube.

Gaspar terá hoje uma reunião com membros da Fifa e do comitê organizador do Mundial. Deve ouvir que para a semifinal haverá opções em novembro. Para a final e disputa de terceiro e quarto, oferta será pequena.

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