Clube sai à caça de casa e testa 'elefante branco' de R$ 25 mi

Com a possibilidade de perder até 20 mandos de campo, o Palmeiras já se prepara para visitar o interior paulista na reta final do Brasileiro.

O clube será julgado hoje pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pelos incidentes provocados por seus torcedores durante o clássico contra o Corinthians.

Na ocasião, palmeirenses arremessaram objetos no gramado do Pacaembu e também tentaram invadir camarotes do estádio paulistano.

"Não somos ingênuos de acreditar que não vamos ser punidos", disse o diretor jurídico Piraci Oliveira, que também anunciou que o jogo contra o Coritiba, no dia 11 de outubro, será em Araraquara (a 273 km de São Paulo).

Se for mesmo penalizado, o clube terá de atuar a pelo menos 100 km de casa, o que inviabilizaria Barueri e Campinas, opções mais próximas.

O jogo em Araraquara será um teste para o estádio da Fonte Luminosa. Se aprovado, terá a prioridade para receber outras partidas do time.

Com capacidade para 20 mil espectadores, a arena foi reinaugurada em 2009 depois de reforma de R$ 25 milhões bancada com dinheiro público. Atualmente, recebe a Ferroviária, da A2 do Paulista.

Para jogar em Araraquara, o Palmeiras vai desembolsar R$ 25 mil por jogo. No entanto, o clube deve contar com a ajuda do empresariado local.

"Ela é deficitária. Não posso fazer caridade. Não temos recursos como Presidente Prudente e Arena Barueri", disse Eneida Cardoso, chefe da Morada do Sol, empresa que administra o estádio.

Se Araraquara for reprovada e o Palmeiras tiver de buscar outra casa, as opções são Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Itu. Depois de enfrentar o Coritiba, o Palmeiras terá mais quatro partidas como mandante na Série A.

Ontem, o atacante Barcos foi convocado para defender a Argentina contra Uruguai e Chile, em outubro, pelas eliminatórias da Copa-2014. Ele é desfalque certo para o clube contra Coritiba e Náutico. (LUIZ COSENZO E RAFAEL REIS)