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Juca Kfouri

A bola rola redonda

Corinthians e Palmeiras sobraram contra seus oponentes na rodada que teve um Fla-Flu bastante sintomático

SE O CHELSEA viu, se assustou.

E, se os adversários do Palmeiras na luta contra o rebaixamento viram, também devem estar muito preocupados.

O Corinthians simplesmente amassou o Sport no segundo tempo no Pacaembu.

Fez 3 a 0 e poderia ter feito meia dúzia que, somados aos quatro gols perdidos no primeiro tempo, quando jogou de freio de mão puxado, redundariam numa goleada colossal, mais ou menos assim como a da seleção brasileira contra a chinesa, embora o time (atenção, está escrito o time, o conjunto, não os jogadores) de Tite seja melhor que o de Mano Menezes e a equipe pernambucana, melhor que a asiática.

Há boas notícias no representante da América do Sul no Mundial de Clubes da Fifa.

Paulo André se firma, a exemplo do que fizera no Brasileirão passado, como seguro zagueiro no lugar de Leandro Castán.

Paulinho é a cada jogo que passa um volante moderno, decisivo e verdadeiro termômetro do desempenho alvinegro.

Para culminar, não só Romarinho progride lentamente no quesito finalização, como o peruano Paolo Guerrero começa a ser o centroavante que faltava desde o declínio de Liedson.

Se o Chelsea se acha no Campeonato Inglês a cada rodada, por aqui, sem a pressão de lutar pelo título, o Corinthians se fortalece.

Pressão é tudo que convive com o Palmeiras, mas, se o time mantiver o desempenho mostrado contra a Ponte Preta, saiam da frente seus adversários, o São Paulo, inclusive, o rival do sábado que vem, no Morumbi.

Porque foram impressionantes os dois inícios dos dois últimos jogos do alviverde sob nova direção, como puderam comprovar o Figueirense e a Ponte Preta, que levaram seis gols e poderiam ter levado nove, já que os 3 a 0 contra os campineiros não refletiram a superioridade, durante os 90 minutos, deste Palmeiras com Gilson Kleina no banco, Henrique na proteção da zaga, Marcos Assunção no meio e Barcos no ataque.

O que parecia impossível já deixou de parecer.

O próximo Choque-Rei se apresenta como decisivo e, pelo que estão jogando, os visitantes são os favoritos.

Como viraram favoritos ao título os tricolores do Fluminense, capazes de liquidar jogos pelo mínimo esforço, aliado ao talento inconstante de Fred, e/ou vencê-los graças ao seu goleiro Diego Cavalieri e à sorte dos campeões, como ficou patente no Fla-Flu, quando a marcação de um pênalti evitou o empate do Flamengo.

O Galo desaba a olhos vistos como se viu claramente tanto na derrota para o próprio Flamengo quanto no empate, que não mereceu, contra a Portuguesa, que lhe foi claramente superior.

Tudo indica que a barreira do complexo de perseguição de Cuca prevalecerá novamente e que ninguém ameaçará o Fluminense, porque o Grêmio conseguiu ganhar do Santos com Neymar e perder sem ele, num empate atordoante para suas pretensões.

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