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 2016

Romário diz que Jogos têm que ser investigados

Deputado vai pedir auditoria no COB

DE BRASÍLIA

Às vésperas da eleição presidencial do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o ex-jogador e deputado federal Romário (PSB-RJ) disse que pedirá investigações sobre o furto de dados de Londres-2012 por funcionários da Rio-2016.

Romário pretendia discursar no plenário da Câmara dos Deputados ontem, mas não houve sessão. Ele publicou nota em seu site.

O deputado disse que pedirá uma investigação por parte do governo federal e proporá que os envolvidos sejam ouvidos na Câmara. Romário classificou o caso de "fatos vergonhosos".

"Mais do que nunca, é preciso que a presidenta Dilma [Rousseff] e o ministro Aldo Rebelo [Esporte] se mantenham firmes e não recuem da decisão de só repassar recursos públicos a entidades que modernizarem seus estatutos e limitarem os mandatos dos seus dirigentes."

Romário afirmou que pedirá na Câmara uma auditoria nas contas do COB, em especial na aplicação de recursos públicos. O deputado levantou ainda suspeitas sobre o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e a venda de ingressos para a Rio-2016.

O deputado cobrou de Nuzman esclarecimentos sobre a atuação do "amigo" de Nuzman, Patrick Hickey, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional).

"Soube de fonte segura que o filho dele trabalha numa subsidiária da empresa que ganhou, pela mão do senhor Hickey, o direito de vender ingressos para os Jogos Olímpicos de 2016", disse Romário. O deputado cobra esclarecimentos por parte de Nuzman.

"Gostaria de saber -talvez o sr. Nuzman possa esclarecer ao parlamento e à sociedade brasileira- se o sr. Hickey costuma visitar o Rio para contribuir com os preparativos do evento, ou para sondar oportunidades de negócios para sua família."

A cobrança de Romário ocorre às vésperas de Nuzman concorrer, como candidato único, à presidência do COB. Ele está no cargo há 17 anos. O deputado classificou a presidência de Nuzman como um "reinado".

Romário levantou ainda questionamento sobre se Nuzman "está realmente comprometido com os interesses do Brasil, ou se ele atende, em primeiro lugar, ao Comitê Olímpico Internacional". Procurado, o COB disse que não comentaria as declarações. O comitê da Rio-16 e o COI não responderam.

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