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Schumacher anuncia novo adeus e diz que 'desta vez é para sempre'

F-1
Após voltar e virar motivo de piada no paddock, alemão afirma não estar 100% motivado

Itsuo Inouye/Associated Press
Piloto alemão manda beijos para a torcida
Piloto alemão manda beijos para a torcida

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SUZUKA

"Desta vez é para sempre", brincou Michael Schumacher no lotado escritório da Mercedes no paddock de Suzuka.

Uma semana após o time anunciar que Lewis Hamilton ficaria com sua vaga a partir de 2013, o maior vencedor da história da F-1 anunciou sua segunda aposentadoria.

"Ainda sou capaz de competir com os melhores do mundo, mas uma hora é preciso dizer adeus", afirmou o heptacampeão, ladeado por Ross Brawn e Norbert Haug, dirigentes da Mercedes.

"No último mês comecei a pensar se ainda tinha energia para continuar. E não é meu estilo fazer alguma coisa em que não esteja 100% motivado", completou o alemão, que em 2006 havia se despedido da categoria, mas voltou em 2010 com um contrato de três anos com a Mercedes.

Mas as circunstâncias em que se aposenta são bem diferentes agora. Na primeira vez, como piloto Ferrari, parou no auge. O anúncio do adeus, aliás, aconteceu após uma vitória no GP da Itália que o deixava a apenas dois pontos da liderança do Mundial daquele ano -Fernando Alonso se sagrou campeão.

Agora, apesar de ter falado ontem que tinha ofertas para continuar na categoria, o alemão virou motivo de piadas no paddock pela quantidade de acidentes e punições que teve recentemente.

Para o GP do Japão, por exemplo, ele perderá dez posições no grid de largada que será definido na próxima madrugada, às 2h (de Brasília), por ter acertado Jean-Eric Vergne em Cingapura.

Em 52 corridas após sua volta, o melhor resultado foi o terceiro lugar no GP da Europa deste ano, em Valencia.

Seu melhor momento foi a pole position no GP de Mônaco, também neste ano. Mas, com punição a cumprir, não largou em primeiro.

Nesta temporada, Schumacher ocupa a 12ª posição no Mundial com 43 pontos, 50 a menos que seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, que chegou a vencer um GP. Nos dois campeonatos anteriores o heptacampeão também sofreu para bater o parceiro e terminou atrás dele tanto em 2010 como em 2011.

Na primeira temporada, Rosberg foi o sétimo enquanto Schumacher acabou em nono. Em 2011, foi oitavo contra sétimo de Rosberg.

"Sem dúvida não atingimos nosso objetivo quando eu voltei para a F-1, que era desenvolver um carro capaz de lutar pelo título. Mas também é muito evidente para mim que posso ficar muito feliz por tudo que conquistei durante minha carreira inteira", disse Schumacher, 43, que ao final do ano terá disputado 19 temporadas na F-1.

"Quero me concentrar nas seis corridas que ainda me faltam e aproveitá-las. Vamos nos divertir", completou.

NA TV
Treino de classificação
2h (de amanhã) Globo

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