Equipe nem reconhece campo na Suécia

A seleção brasileira fará a partir de hoje uma passagem-relâmpago pela Suécia, onde enfrentará o Iraque, amanhã, em Malmö. O time de Mano Menezes ficará pouco mais de 24 horas na cidade, localizada no sul do país.

Baseada na Polônia desde segunda por causa do contrato com a Pitch, empresa inglesa que cuida da parte operacional dos amistosos no exterior até 2022, a seleção brasileira viajará à tarde e não fará o reconhecimento do gramado do jogo, algo que é praxe no futebol.

Logo após a partida, a equipe volta de avião fretado para Wroclaw, onde chegará na madrugada de sexta após duas horas de voo.

Wroclaw será o local da segunda partida da seleção. Na terça-feira, o time de Mano enfrentará o Japão.

A viagem, corrida e desgastante, poderia ser evitada se a preparação fosse dividida. A primeira parte do período de treino poderia ter ocorrido na Suécia desde segunda.

O contrato com a Pitch foi assinado em agosto. Pelo acordo, a empresa organizará a parte operacional dos amistosos da seleção até o final do ano da Copa do Qatar. Até então, a função pertencia à suíça Kentaro. O jogo com o Iraque foi acertado pela ISE (International Sports Events), empresa da Arábia Saudita.

Pelo contrato renovado no ano passado por Ricardo Teixeira, que deixou o cargo em março, os árabes pagam uma taxa de US$ 1,050 milhão (cerca de R$ 2 milhões) em cada partida do time brasileiro.

O valor é menor do que a CBF recebia há seis anos. Na época, a Kentaro pagava US$ 1,2 milhão por partida.

Na Suécia, apenas o técnico Mano Menezes concederá entrevista. Os jogadores ficarão concentrados no hotel.

A ISE também escolhe os adversários da seleção. Organizou, por exemplos, amistosos com equipes de países de pouca expressão no futebol, como Gabão e Costa Rica.

Depois dos dois jogos neste mês, o Brasil só terá mais um amistoso neste ano. Será no dia 14 de novembro. A CBF ainda não anunciou o adversário e o local do jogo. A partida deverá ser nos EUA.