Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

O astro

Anderson Silva, que compete hoje no UFC Rio 3, terá aulas de atuação para projetar carreira além do esporte

Pedro Teixeira/Frame/Folhapress
Anderson Silva acena para fãs durante sessão de treinos
Anderson Silva acena para fãs durante sessão de treinos

EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO

"Participei de uma produção independente de um cineasta norte-americano", conta o campeão dos médios do UFC, Anderson Silva.

"Se gostei de atuar?" Ele repete a pergunta, balança a cabeça e faz uma careta.

"Não fiquei satisfeito [com o resultado final]. Acho que poderia ter sido melhor."

Anderson ouviu de amigos que "mandou bem" e de profissionais da área de cinema o argumento de que, se a atuação não satisfez, foi culpa do diretor, que não extraiu o que poderia de seu potencial.

Os elogios, porém, não convenceram aquele que é tido como o melhor lutador de MMA (artes marciais mistas).

"Decidi tomar aulas de atuação", revela Anderson, 37, ao oficializar o investimento na carreira paralela de ator.

A Folha apurou que ele tinha marcado para este mês o trabalho de preparação para ator. As primeiras aulas já teriam começado não fosse sua participação no UFC Rio 3, que foi definida de última hora para salvar o evento.

O duelo de Anderson com o norte-americano Stephan Bonnar substituiu uma defesa de cinturão do manauara José Aldo, que sofreu lesão e não pôde lutar.

O nome de Anderson, como ator, aparece na internet ligado a cerca de meia dúzia de filmes de ação estrangeiros. O estafe do lutador nega que ele participará de todos.

A explicação é que ligar o nome de Anderson a uma produção de cinema facilita a captação de fundos, então alguns o fazem mesmo sem o conhecimento do brasileiro.

A incursão pelas telas de cinema é apenas uma parte do investimento de Anderson fora do octógono. A meta é que sua imagem cada vez mais transcenda o esporte, o que, consequentemente, abrirá mais oportunidades de negócios para o seu futuro.

O documentário "Como Água" e sua autobiografia "Anderson Spider Silva" foram instrumentos para o público dar uma "espiada" em sua vida fora do octógono.

Após o anúncio do UFC Rio 3, foi confirmado mais um patrocínio a ele, o da Nextel.

A ideia é seguir os passos do mentor Ronaldo e repetir a trajetória de atleta, astro do esporte, personalidade e homem de negócios, segundo Hebert Mota, que cuida da imagem do lutador do UFC.

O marketing é um dos pilares da ideia de Anderson disputar a Olimpíada do Rio.

Pela regras atuais, Anderson não poderia participar do boxe olímpico, pois já fez luta profissional. Mas o taekwondo seria uma opção.

"Não sei se a Confederação Brasileira de Taekwondo gostaria de chamar outros atletas para a Olimpíada, se gostaria que eu fizesse parte da equipe olímpica. Mas imagine só o retorno de imagem que minha participação [nos Jogos] traria para o taekwondo", argumenta Anderson.

A contrapartida é que Anderson se dispõe a pôr de lado, por alguns meses, sua carreira no MMA para adentrar o rol de atletas olímpicos.

"Imagino que teria de treinar exclusivamente taekwondo durante uns quatro meses [para os Jogos Olímpicos]. E também teria de me dedicar [ao taekwondo] para as seletivas da equipe nacional."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.