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Juca Kfouri

Em nome da honra

Depois de uma rodada espetacular, espera-se que o Corinthians seja digno contra o Bahia

ILUSÃO MANTIDA em Salvador, o Palmeiras passou pelo Bahia com uma vitória justa e que merecia mais que por apenas 1 a 0, até porque teve um pênalti não assinalado.

E se o Corinthians jogou comprensivelmente em ritmo de treino na derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, agora terá de desfazer a má impressão deixada em 2009, quando perdeu para o Flamengo, em Campinas, para prejudicar os rivais do Trio de Ferro que disputavam o título brasileiro, enfim vencido pelo rubro-negro, objeto de vergonhosa revanche por parte de Palmeiras e São Paulo no ano seguinte.

Basta!

Tite que, então, ficou justamente estomagado com Felipão, tem agora a obrigação de escalar o que tiver de melhor no Pacaembu para o jogo deste sábado contra o Bahia, que pode deixar o Palmeiras a três pontos do tricolor baiano, caso o alviverde vença, também no sábado, em Araraquara, o Cruzeiro, com o sério desfalque do argentino Montillo.

Assim como a CBF tem a obrigação de interditar a Vila Belmiro depois da absurda lentidão do atendimento ao atleticano Rafael Marques pela ambulância que não tinha como entrar no gramado.

Vergonha que manchou um grande jogo entre Santos e Galo, de gol relâmpago de Miralles e de placa de Neymar, para o empolgante empate mineiro em seguida.

Vexame que obscureceu uma noite de gala, com outro grande jogo, entre o líder Fluminense, que virou para cima do Grêmio e cedeu o empate com o adversário reduzido a dez jogadores, mas que mais uma vez mostrou como o tricolor carioca merece por seus méritos o lugar que ocupa, tão beneficiado por erros de arbitragem como os que o perseguem.

Porque, não bastasse a violência física promovida pelos ditos torcedores organizados, cresce a intolerância de quem perde e que jamais aceita os méritos do vencedor.

Estimulados pelo chororô de treinadores em busca de desculpas, e desvio de foco, e por certos comunicadores que fazem tipo, despreocupados com as consequências, fanáticos atribuem tudo ao apito.

Trata-se de gente que padece de complexo de perseguição, com problemas oculares, ignorância, falta de educação e da síndrome da teoria da conspiração.

Para essa gente, que ultrapassa o emocionalismo e chega às raias da irracionalidade animal, o campeão sempre ganha roubado e o time dela nunca é beneficiado.

Atribuir a liderança do Fluminense aos erros de arbitragem que o beneficiaram, soa só como choro de mau perdedor, incapaz de perceber o papel ridículo que faz.

Vamos devagar com o andor, sob pena de passarmos atestado de idiotas a todos que acompanham o futebol e que, assim, acabam por depor contra si mesmos, se é verdade que acreditam que esteja tudo combinado, tudo dominado.

E isso é dito por quem não se cansa de denunciar, seriamente, a podridão dos bastidores do futebol.

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