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Festa e pé no chão

Barcos faz dois gols, decide e prega tranquilidade ao Palmeiras, a 4 pontos do 1º time fora da zona da degola

Palmeiras 2
Barcos, aos 22min e aos 32min do 2º tempo
Cruzeiro 0

RAFAEL REIS
ENVIADO ESPECIAL A ARARAQUARA

Para escapar do vexame de ser rebaixado vale tudo.

Vale deixar um punhado de sal grosso em uma traves, como fez um funcionário palmeirense antes da partida.

Vale lançar mão de um jogador que estava afastado do futebol havia seis meses devido a uma cirurgia de joelho.

Vale praticar um futebol feio, de pouca criatividade e baseado todo na vontade.

E vale demais contar com dois jogadores diferenciados.

Foi assim, apelando a todas as suas armas, que o Palmeiras bateu o Cruzeiro por 2 a 0, conseguiu a segunda vitória consecutiva no Brasileiro e reduziu a quatro pontos a diferença para o primeiro time fora da zona da degola.

Poderia até ter sido melhor (três pontos) se o Corinthians tivesse vencido o Bahia. A partida terminou empatada.

E poderia, sem dúvida nenhuma, ter sido bem pior, se Marcos Assunção e Barcos não vestissem verde.

A dupla que carrega o Palmeiras na inglória batalha para continuar na primeira divisão decidiu mais uma vez.

Foi do volante, que joga com fortes dores no joelho, o cruzamento cirúrgico para o argentino marcar de cabeça um gol que não refletia como a partida caminhava.

"Heroi, eu sozinho, não. Nós todos somos herois, estamos todos os dias trabalhando, sob desconfiança", disse Assunção. "Mas sabemos da nossa capacidade. Sabemos que temos a responsabilidade de tirar o Palmeiras dessa situação", completou.

Depois, com a partida já do jeito que o palmeirense queria, Barcos marcou mais um, com um toque de classe por cima do goleiro. "Ninguém acredita que o Palmeiras vai cair. Temos confiança. Temos que estar sempre tranquilos, se não, não vamos sair dessa situação", disse o atacante.

Mas, por pouco mais de uma hora, o público que foi à Arena da Fonte sofreu.

Viu um time que, apesar de ter três atacantes, não mostrava um pingo de criatividade. E que marcava muito mal.

O Cruzeiro só não fez 1 a 0 no primeiro tempo porque o carrinho de Anselmo Ramon, com gol livre pela frente, mandou a bola rente à trave.

O jogo começou a mudar quando Wesley ganhou a primeira chance desde a lesão no joelho direito, em abril.

Revitalizado no Brasileiro, o Palmeiras joga contra o Millonarios, terça, na Colômbia, pela Sul-Americana. Continua a lutar contra a degola, sábado, diante do Internacional, em Porto Alegre.

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