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Brasileiro tem abismo recorde nas disputas

SÉRIE A A cinco rodadas do fim, clubes abrem margem por título, vagas na Libertadores e descenso

DE SÃO PAULO

O Campeonato Brasileiro entra na reta final e corre o risco de chegar em sua rodada decisiva com clássicos que apenas cumprirão tabela.

Isso porque o abismo de pontos entre os times nas principais disputas internas do torneio -título, Libertadores e rebaixamento-, abriu margens recordes na era dos pontos corridos.

Há seis equipes que praticamente já cumprem tabela. Cruzeiro, Ponte Preta, Santos, Coritiba e Náutico: todos têm 43 ou 42 pontos, estão distantes demais do G4, e praticamente salvos do rebaixamento. E o Corinthians, oitavo colocado com 47, só tem cabeça para o Mundial de Clubes.

Enquanto isso, sete clubes na parte de cima, e outros sete na parte de baixo, tentam suas últimas cartadas em disputas restritas a poucos.

O líder Fluminense está a nove pontos do Atlético-MG, que joga quarta no complemento da rodada. Se o time mineiro vencer o Flamengo, a distância cai para seis pontos. Mesmo assim, será a maior diferença que um líder impôs ao vice-líder a cinco jogos do fim desde 2005.

Nas últimas quatro edições, a essa altura do campeonato, o líder havia conseguido abrir, no máximo, apenas um ponto de vantagem sobre o segundo colocado.

Em 2011, cinco times chegaram à reta final com chances claras de título. A distância do líder Corinthians ao Flamengo, quinto lugar, era só de três pontos. Nesta edição, o Fluminense abriu 21 pontos sobre o Inter, quinto, a maior diferença desde 2003.

Nesta toada, o Fluminense pode fazer o clássico contra o Vasco, na última rodada, já campeão. Pois a equipe de São Januário sentiu na pele o distanciamento do G4.

O São Paulo, com a vitória sobre o Sport, alcançou sua melhor margem de segurança. É o quarto colocado, sete pontos à frente do Inter, e oito acima do Vasco.

No ano passado, a disputa pela Libertadores estava bem mais aquecida: quarto e quinto colocados estavam empatados em pontos. A vantagem de sete pontos do G4 para o quinto colocado, a cinco partidas do fim, é inédita na era dos pontos corridos.

Na região da zona do rebaixamento, o abismo entre 16º, o último a se salvar, e o 17º, o primeiro a cair, é de quatro pontos: outra diferença recorde a cinco jogos do fim.

No ano passado, o lanterna América-MG estava a sete pontos da saída da zona de rebaixamento. Nesta edição, a distância do Atlético-GO para o Bahia, 16º colocado, é de 14 pontos -a maior diferença em quatro edições.

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