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Clube pedirá anulação da derrota no Sul
PALMEIRAS DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO A diretoria do Palmeiras decidiu pedir a anulação da partida de sábado passado, contra o Internacional, mesmo avaliando internamente que a possibilidade de isso acontecer é remota. O pedido será protocolado no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e não há prazo para que seja avaliado pela procuradoria. O árbitro Francisco Carlos Nascimento validou um gol de mão marcado pelo atacante Barcos que empataria a partida em 2 a 2, mas depois voltou atrás. Os palmeirenses alegam que houve interferência do delegado do jogo, Gerson Antônio Baluta, com informações de imagem da televisão, o que a Fifa veta. O delegado não pode interferir na atuação do árbitro. A principal prova que o clube acredita ter é a declaração da repórter da TV Bandeirantes Taynah Espinoza, que participava da transmissão ao vivo. Segundo ela, Baluta pediu informações a jornalistas sobre se o gol fora ou não marcado com a mão. "Essa é nossa principal testemunha e, por enquanto, o principal ponto de estratégia para o caso", disse o diretor jurídico Piraci Oliveira. A repórter pode ser chamada para depor. Procurada, a TV Bandeirantes não se manifestou sobre o assunto. OFENSIVA A diretoria enviou uma representação para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) apontando diversos erros de arbitragem que o Palmeiras afirma ter sofrido recentemente, com ênfase ao lance do jogo com o Inter. A representação é um ato administrativo, não se refere ao pedido de anulação. No entanto é tratada no clube como importante politicamente -foi feita depois de consulta a Marco Polo Del Nero, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e vice-presidente da CBF. A intenção com este documento é pressionar a CBF para não escalar árbitros que o clube não queira e, indiretamente, colocar também pressão nos árbitros que serão escalados a partir de agora. Em 18° na tabela de classificação com 32 pontos, o Palmeiras joga nas últimas cinco rodadas para evitar o rebaixamento para a Série B. O presidente Arnaldo Tirone tomou frente no caso ao conversar com Del Nero e com o presidente da CBF, José Maria Marin. Ao lado de advogados do clube, ouviu membros da comissão técnica e jogadores para ajudar na elaboração da acusação que será levada ao STJD. "O quarto árbitro estava a 53 metros de distância do lance. O juiz estava perto e validou o gol. O bandeirinha correu para o centro do gramado. A gente vai argumentar que o árbitro usou o artifício da televisão. O delegado influenciou. O quarto árbitro estava levantando a placa de substituição, não tinha como ver", disse Tirone. Ontem à noite, ele apresentaria a tese para membros do conselho, na reunião em que também explicaria a ausência do clube em encontro da FPF na semana passada. Colaborou LUIZ COSENZO,de São Paulo Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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