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Principal investidor, governo fecha cota de patrocínio local

2014
Agência nacional quer levar empresários a jogos do Mundial, mas Fifa não dá entradas a apoiadores

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

O governo federal, maior financiador da Copa-2014 por meio de obras de infraestrutura e empréstimos do BNDES, injetará verba diretamente no Mundial e na Copa das Confederações. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) comprou cota de patrocínio nacional do torneio.

A iniciativa, aprovada pelos ministérios do Esporte e do Desenvolvimento, vai na contramão do que o governo federal sinalizava até o momento, de que não haveria injeção de dinheiro público de forma direta no Mundial-14.

Apex e Fifa não revelam os valores do contrato. Mas a agência diz que usará a competição para atrair empresários estrangeiros. O modo de fisgar os investidores, segundo o órgão, é levando-os para partidas da Copa.

A Fifa, no entanto, não disponibiliza ingressos para seus patrocinadores. Assim, a Apex precisará comprar entradas para os jogos da Copa das Confederações e do Mundial, como uma outra empresa qualquer que não patrocina os eventos.

"O foco do governo são obras como estradas, portos, aeroportos. Mas queremos usar o maior evento esportivo do mundo para atrair os compradores internacionais", argumenta Mauricio Borges, presidente da Apex.

O dirigente explicou que pretende levar, para cada partida da Copa no Brasil, entre cem e 150 compradores estrangeiros. E, assim, "abrir oportunidade para que produtores brasileiros travem contato com eles".

A Apex faz algo semelhante com a Indy ao levar produtores brasileiros para se reunirem com empresários dos EUA. Segundo a agência, esse tipo de ação deve gerar R$ 1,1 bilhão em exportações brasileiras até o fim de 2013.

A Apex adquiriu a penúltima cota de patrocínio nacional da Copa-14. A Fifa tem em aberto seu último espaço publicitário para o país.

Os patrocinadores mundiais da Copa desembolsam cerca de R$ 34 milhões por ano pelo patrocínio. O anunciante local -mesmo nível da Apex- paga até R$ 16 milhões anuais para ver sua marca associada à Copa.

Essa não é a primeira vez que uma empresa pública investe em patrocínio em Mundiais. Na África do Sul, em 2010, a estatal Prasa foi um dos parceiros da Fifa.


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