Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Adversários na disputa do título, Vettel e Alonso têm estilos opostos

Enquanto o alemão conquista com seu jeito de menino, o espanhol mantém a fama de carrancudo; um dos dois será hoje o mais jovem tri da categoria

DE SÃO PAULO

Em comum, apenas a possibilidade de se tornar o mais jovem tricampeão da história da F-1, hoje, em Interlagos.

Fora isso, Sebastian Vettel, 25, e Fernando Alonso, 31, dificilmente poderiam ser mais diferentes. Os contrastes vão desde o estilo fora das pistas, ao jeito de encarar o esporte, passando pelo visual e a maneira como chegaram à decisão do Mundial deste ano.

Tranquilo, sempre bem humorado e solicito, Vettel conquistou o paddock com seu jeito de menino desde sua estreia na categoria principal do automobilismo, em 2007.

Na ocasião, ganhou a chance de disputar o GP dos EUA pela BMW no lugar do polonês Robert Kubica, que havia sofrido grave acidente. E, na primeira entrevista que concedeu, demonstrou a personalidade que mantém até hoje, já com dois títulos.

"Estou muito feliz pela oportunidade de estrear na F-1, mas queria que fosse em circunstâncias diferentes. Nunca é bom substituir alguém machucado", afirmou Vettel, na época com 19 anos.

Para chegar ao GP Brasil precisando só de um quarto lugar para se igualar ao argentino Juan Manuel Fangio e ao conterrâneo Michael Schumacher como únicos pilotos a vencer três campeonatos em sequência, o alemão contou com uma recuperação espetacular no último terço do Mundial de 2012.

Foram quatro vitórias seguidas, além de um terceiro e um segundo lugares nos últimos sete GPs. E, mesmo sem precisar de vitória, é isso que Vettel quer hoje em São Paulo. A prova começa às 14h no circuito de Interlagos.

"Não vou correr para chegar em quarto. Não me importa se esta é a décima ou a última corrida do ano, vim disposto a atacar", disse o alemão, que chegou ao Brasil já falando palavrões na entrevista da FIA, apesar de já ter sido repreendido por isso.

Se Vettel irá atacar hoje por opção, seu adversário, Alonso não tem muita escolha.

Com a obrigação de subir ao pódio e ainda dependendo da posição do rival da Red Bull para conquistar o título, que seria o terceiro, o espanhol diz que não se sente nem um pouco pressionado.

"Não temos nada a perder. Estamos em segundo no campeonato, 13 pontos atrás do Sebastian e, se esta for uma corrida normal, devemos chegar em segundo. Se algo diferente acontecer, talvez eu seja campeão", disse o espanhol com o estilo carrancudo que carrega desde seu início na F-1, em 2001, na Minardi.

De poucos amigos, sempre acompanhado pelo empresário e um de seus preparadores físicos, apesar de reconhecido pelo talento nas pistas, Alonso não é unanimidade no paddock por ter se envolvido em algumas polêmicas.

Entre elas o escândalo da corrida de Cingapura-08, quando seu então companheiro de Renault, o brasileiro Nelsinho Piquet, bateu de propósito no muro para dar-lhe a vitória, e a controvérsia do GP da Alemanha-10, quando Felipe Massa foi obrigado a ceder-lhe a vitória depois de ordens da Ferrari.

No Mundial deste ano, apesar de ter contado com alguns "favores" de Massa, que lhe fizeram chegar a Interlagos já atacando a imprensa por questioná-lo sobre o tema, teve um início de ano incrível.

Sem um carro vencedor, ganhou duas corridas de maneira espetacular, na Malásia e em Valencia, e termina o ano com 12 pódios, recorde na temporada de 2012.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página