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Interlagos deve ter recorde de helicópteros

F-1 Expectativa é que cerca de mil pessoas cheguem ao autódromo pelo ar, driblando trânsito e estacionamento

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

Duas horas no trânsito entre a região central de São Paulo e o bairro de Interlagos. Dificuldade para conseguir um local para estacionar, ou encarar preços abusivos. Além de um ingresso que pode custar mais de R$ 10 mil.

São vários os motivos para afastar um torcedor do GP Brasil. A menos que ele possa pagar por isso. Ou seja, para voar para Interlagos a mais de 250 km/h e sem estar sentado dentro de um F-1.

A solução encontrada por este público é ir ao GP em helicópteros. O número de voos deve bater recorde neste ano.

Segundo o comandante Jorge Faria, responsável pelas operações no autódromo, a quantidade de helicópteros inscrita já é recorde: 112, contra 63 no ano passado.

"Nossa operação foi pioneira na F-1, na década de 90, e só perdeu o posto de maior do mundo nos últimos anos para Silverstone, na Inglaterra, que teve cerca 80 pousos e 80 decolagens no fim de semana do GP deste ano", declarou o comandante. "Como as operações na F-1 são as maiores do mundo, não há evento civil que reúna mais helicópteros que o GP Brasil."

De acordo com a Aeronáutica, em 2011, Interlagos teve 475 pousos e decolagens. Essa marca deve ser quebrada: estão confirmados 480.

Os pedidos continuam. Como cada helicóptero leva em média quatro pessoas, cerca de mil pessoas devem utilizar esse meio de transporte.

Uma das clientes dos últimos quatro anos é a comerciante Sandra Sofia. Ao lado do marido, Silvio, e dos filhos Rafael, 9, e Silvia, 12, ela programou utilizar o serviço VIP hoje, para assistir à corrida.

"Decidimos após um treino, há uns anos. Foi uma loucura chegar de carro, estacionar... Desde então, não quisemos mais assim", lembra a cliente que trocou o estresse por comodidade -o desembarque tem até champanhe.

Sandra mora na Granja Viana, bairro de Cotia, na Grande São Paulo, e vai demorar menos de dez minutos no voo do heliponto, para onde vai de carro.

A operação, hoje, tem um perfil mais corporativo. Atende clientes, diretores e presidentes de grandes empresas e patrocinadores do GP. Mas, mesmo sem ser proprietário de helicóptero, é possível pagar R$ 2.100 por pessoa, por dia, pelo serviço de ponte aérea no local.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), São Paulo concentra a maior frota de helicópteros do país, com 668 dos 1.814 registrados. O que torna a região metropolitana da capital a mais movimentada do mundo.


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