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Consultado, Teixeira aprova saída de Mano

SELEÇÃO Marin falou com ex-presidente da CBF antes de dispensar treinador, que se surpreendeu com decisão

MARTÍN FERNANDEZ DE SÃO PAULO

O presidente da CBF, José Maria Marin, consultou seu antecessor, Ricardo Teixeira, e ouviu dele aprovação da ideia de demitir o treinador.

Mano Menezes e seus auxiliares foram surpreendidos, na tarde de sexta, com a notícia de que foram demitidos da seleção. O treinador foi informado por telefone pelo diretor de seleções, Andres Sanchez. Imediatamente, Mano disparou mensagens de texto para seus colaboradores.

Segundo a Folha apurou, a demissão foi recebida com perplexidade pelos integrantes da comissão técnica.

A maior motivação para a troca de comando foi política. Marin não levou em conta os recentes bons resultados da seleção -como não havia considerado a derrota na Olimpíada para manter Mano no cargo em agosto.

Marin e seu vice, Marco Polo Del Nero, temiam perder a Copa das Confederações (e o Mundial-2014) com um técnico não escolhido por eles.

Entretanto, nas últimas semanas, o presidente da CBF não havia dado nenhuma demonstração ao treinador de que poderia demiti-lo.

Mas deu sinais sutis. Há duas semanas, enquanto a seleção se instalava em Nova Jersey para amistoso com a Colômbia, o presidente da CBF ficou em Manhattan.

Do outro lado do rio Hudson, nunca se preocupou em visitar o time. Não foi ao único treino, nem conversou com Andres ou Mano.

O comportamento do cartola foi diferente do que se viu em várias outras viagens, quando ficava no mesmo hotel, era visto no lobby, conversava com os funcionários do time e eventualmente até vestia o abrigo da seleção.

Concentrado em preparar o time para o jogo contra seu rival mais duro em muito tempo, o treinador entendeu a distância como natural.

Para um dirigente que adora lembrar seu passado de ex-jogador, faz questão de ver a lista dos convocados 48 horas antes e costuma fazer discursos no vestiário, a distância era uma forma de mostrar descaso com o treinador.

Repetiu-se o procedimento em Buenos Aires, onde a seleção ganharia o Superclássico das Américas. Marin viajou só no dia do jogo e foi embora antes do final. No dia do duelo, quarta, Mano conversou informalmente com jornalistas em Buenos Aires -falou sobre a crise do Palmeiras, a greve geral em Buenos Aires e erros de arbitragem.

Nas últimas semanas, técnico e presidente mal conversaram. Nos oito meses em que conviveram, tiveram divergências, mas nada de grave ocorreu nas últimas semanas.


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