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Juca Kfouri

Personagens do ano

Nesta hora em que todos fazem balanços, eu balanço para escolher a maior figura de 2012

MANO MENEZES seria o cara, caso tivesse conseguido trazer o ouro que falta ao Brasil. Não conseguiu e perdeu o emprego na CBF, porque o futebol brasileiro, de Teixeira a Marin, cheira só a mofo e din-din.

Em Londres houve uma penca de personalidades, principalmente entre as mulheres do vôlei, além de todos que voltaram com medalhas no peito, mas o ano tratado aqui é o do futebol.

No futebol, o Corinthians, o time do ano, tem, no mínimo, seis figuras: Cássio, que salvou o time e salvou, particularmente, duas vezes, contra o Vasco e o Chelsea, o capitão Alessandro, que talvez não erguesse taça alguma se o goleiro não evitasse os gols de Diego Souza e Fernando Torres; Paulinho, o craque alvinegro de 2012; Emerson Sheik, que fez em dobro contra o Boca Juniors e uma vez contra o Santos, na Vila Belmiro, aquilo que não conseguiu em Yokohama; Romarinho, que calou a Bombonera na primeira vez em que tocou na bola no estádio que pulsava e acabou tremendo; Guerrero, só pelos dois gols, os do bi. Só; e, tan-tan-tan, TTT, Tite, o Telê do Timão.

Mas tem mais.

No Flu tem três. Abro com o A de Abel Braga; depois vem o D de Diego Cavalieri e finalizo com o F, não de fim, mas de Fred.

No olhar nacional haveria pouco mais que esses, desde que o observador, por pobre, deixasse de ver a importância de Danilo em todas as façanhas corintianas ou fosse insensível a ponto de não notar a abnegação e a coragem de Lucas, ainda melhor depois de negociado, como se sua gratidão à torcida são-paulina precisasse ser expressa com sangue, suor e lágrimas.

E teve Neymar, alguém de quem sempre há o que dizer, artista da bola, tão encantador como eficaz.

E Ronaldinho Gaúcho! Juro que achava que nunca mais me deixaria impressionar por ele e eis que me vejo obrigado a dizer que sua atuação pelo Galo, se mantida, assegurará o lugar de titular na seleção.

Três assombrações merecem menções: Juninho Pernambucano, Zé Roberto e Seedorf.

Fora do Brasil, Xavi, Iniesta e Lionel. Os dois primeiros, de tal forma impressionantes que, confesso, embora rigorosamente diferentes fisicamente, com frequência, me confundem, não distingo um do outro -reverência maior a Xavi será simplesmente impossível, porque Iniesta é extraterrestre.

De Messi já disse tudo, mas, sem medo de errar, não se disse. Por herético e nada nacionalista que seja, arrisco dizer, sem correr, ao menos, o pior dos riscos, o do ridículo: não afasto que ainda possa escrever, num dia que não faço ideia sobre qual será, que vejo nele, enfim, algo que sempre pareceu impossível para quem viu o Rei Pelé. Quem sabe? Pois Messi suscita a dúvida.

Dito tudo isso, o personagem do ano é o bando de loucos que invadiu o Japão.


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