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Ensaiado
Seleção fecha ano com vitória sobre Egito, mais um rival fraco, e dá alívio a Mano Menezes, que vê jogo ótimo e recuperação de fracassos
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A DOHA
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Fadi Al-Assad/Reuters |
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Jonas interage com câmera de TV para celebrar gol no amistoso da seleção |
Egito 0
Brasil 2
Jonas, aos 38 min do 1º tempo e 13 min do 2º tempo
A seleção conseguiu seguir o script da CBF. Bateu o último de uma série de oponentes inexpressivos, o Egito, melhorou sua estatística na temporada e amenizou as críticas ao técnico Mano Menezes.
Até o início de agosto, o treinador sofria forte pressão pelos fracassos na Copa América e diante de rivais de peso, como França e Alemanha.
A CBF aliviou o caminho de Mano ao marcar amistosos contra países mal posicionados no ranking da Fifa e contra a Argentina B. Deu certo para salvar o técnico.
Com gols de Jonas, o Brasil venceu com facilidade o Egito, ontem, em Doha. Politicamente, o jogo serviu como cartão de visita do Qatar para marcar o início da organização da Copa-2022.
Foi o quinto jogo invicto da seleção, somando nove vitórias, cinco empates e duas derrotas na temporada. Mano encerrou o ano com aproveitamento de 66,7%, um pouco abaixo do de seu antecessor Dunga em 2007 (70,4%), no primeiro ano inteiro à frente da seleção. Dunga venceu a Copa América.
Mas Mano entende que este final de temporada serviu para apagar seu fracasso na competição no meio do ano.
Foi com facilidade que a seleção saiu da marcação adversária e construiu jogadas desde sua defesa com "naturalidade", segundo o técnico.
Falante, Mano classificou a partida como "ótima" ao sair do estádio do Al Rayyan. "No primeiro semestre, tivemos muitas dificuldades, era o início de todo um trabalho. No segundo, fomos melhores. A imagem final deste ano é ótima, afinal viemos num crescente e terminamos bem o ano com esta partida."
Jonas fez um gol em cada etapa ontem. O atacante foi oportunista e deu só um toque para marcar cada um.
"Cada vez mais, o time vai ficar mais claro. O mais importante nas últimas partidas foi o rendimento estável. O que me deixa mais contente é que a seleção ficou mais leve na maneira de jogar desde o México", explicou Mano.
Isso apesar de apenas quatro titulares atuarem em Doha. Até a tradicional camisa 10 da seleção não apareceu em campo, por conta do corte de Kaká, machucado.
Mas os torcedores locais não se mostraram tão entusiasmados como Mano.
Sem conseguir vender todos os ingressos, os organizadores distribuíram bilhetes. Ao iniciar o jogo, acreditavam que 16 mil pessoas assistiriam à partida. No final, estamparam a lotação máxima (25.112) no placar.
O amistoso era o ponto alto dos eventos programados pelo país-sede do Mundial de 2022 para exibir a força econômica do Qatar e sua capacidade de realizar a Copa. Por fim, a maioria do público presente era de egípcios.
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