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Cada vez mais artilheiro do Barcelona, Messi fez só um gol pela Argentina nos últimos 19 jogos oficiais e vê torcida abandonar seleção nas eliminatórias

DE SÃO PAULO

No Barcelona, Lionel Messi, 24, é como vinho (quanto mais velho, melhor).
Na seleção argentina, o meia-atacante eleito duas vezes o melhor jogador do mundo apodrece com o tempo.
Irregular nos seus primeiros anos com a camisa do seu país, Messi, que hoje enfrenta a Colômbia pelas eliminatórias da Copa de 2014, tem números pífios nos últimos dois anos, principalmente quando a partida é por uma competição oficial.
Em série iniciada em 2009, justamente o ano em que foi eleito o melhor do planeta pela primeira vez, o meia-atacante fez só um mísero gol nos últimos 19 jogos oficiais que disputou pela Argentina.
O desempenho derruba sua média geral em compromissos oficiais para apenas 0,19 gol por jogo, ou pouco mais de um quarto da sua média de tentos (0,71) em jogos oficiais pelo Barcelona.
Messi passou em branco no Mundial sul-africano e também na Copa América, disputada em seu próprio país.
E justamente na mesma época em que exibe um faro artilheiro raro no futebol quando joga por seu clube.
Tanto na temporada atual da Europa como na passada (2010/2011), o craque argentino teve média de gols superior a um tento por partida (marca digna de Pelé).
É verdade que, na sua seleção nacional, não tem os mesmos companheiros talentosos (Xavi e Iniesta) com quem conta na Catalunha.
Mas também é difícil explicar a diferença de desempenho em algumas estatísticas, como a pontaria.
Na Copa dos Campeões, competição em que é um dos artilheiros, com cinco gols marcados em quatro jogos, Messi tem índice de acerto de 47% nas finalizações.
Pelas eliminatórias sul-americanas para o Mundial de 2014, a pontaria do argentino despenca para 25% -marcou apenas um gol em três partidas da seleção.
A persistente má fase de Messi com as cores da Argentina fez voltar a implicância sobre o amor dele a seu país. Torcedores não aprovam o fato de ele não cantar o hino antes dos jogos. Mas situações bem mais concretas mostram o desgosto do torcedor argentino com sua seleção e o melhor jogador do mundo.
Nos dois jogos que fez como mandante pelas eliminatórias, contra Chile e Bolívia, o estádio Monumental de Nuñez, mesmo com parte de seus lugares interditada, não encheu. Na média, houve um encalhe de 12 mil ingressos em cada confronto.
A favor de Messi, estão as vozes de quase sempre.
"Todo mundo culpa Messi. Mas, para mim, ele está lutando pela Argentina, fazendo um grande esforço", declarou Diego Maradona, que comandou o camisa 10 no Mundial da África do Sul.

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