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Tênis

Jogadores reclamam das quadras em SP

Estrangeiros protestam contra buracos, ondulações e risco de acidentes durante disputa do Brasil Open

FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

As quadras do Brasil Open, único torneio de primeira linha da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) disputado no país, são alvo de reclamações dos tenistas.

O mais contundente foi o alemão Dustin Brown.

"As quadras do Brasil Open são uma merda", escreveu ele no Twitter. "Eu torci o tornozelo durante o jogo e disse 'É uma quadra de merda' e fui punido com a perda de um ponto", disse Brown, que foi eliminado ontem na primeira rodada de duplas.

Com buracos e ondulações, as quadras de saibro do Ibirapuera e do Mauro Pinheiro (ginásio que abriga as quadras secundárias do torneio) atrapalham os jogadores ao mudarem a direção da bola depois do quique.

No Mauro Pinheiro, a faixa que delimita uma das quadras se descolou e interrompeu a partida de duplas do brasileiro Bruno Soares.

Os tenistas do país reconhecem que as quadras não estão perfeitas, mas evitam críticas pesadas. "Realmente não está fácil jogar, mas é ruim para todos", disse Soares. "Não gosto de choradeira."

Número um do Brasil, Thomaz Bellucci também não quis se alongar no assunto.

Já Guilherme Clezar, que foi derrotado por Bellucci após passar pelo qualifying, deixou clara sua opinião.

"A quadra não está boa. Tem muito buraco e toda hora [a bola] quica errada. Está assim desde o quali."

João Souza, o Feijão, afirma que "a quadra é normal".

"Não está em perfeitas condições. Está desviando um pouquinho, mas nenhuma quadra é igual a Roland Garros", disse ele.

Já o argentino Horacio Zeballos disse que a maioria dos tenistas está insatisfeita.

"Este é um torneio ATP e as quadras não estão à altura de um evento como esse", afirmou ele, que também reclamou das bolas usadas -pequenas e rápidas.

O gerente do Brasil Open, Roberto Burigo, afirmou que houve reclamações no começo da semana, mas que agora as quadras estão boas.

"Se as condições das quadras não fossem adequadas, a ATP não deixaria jogar", justificou Burigo.

Ele afirmou que quanto mais se joga, mais compacta fica a quadra de saibro.

Por causa do UFC São Paulo, disputado no Ibirapuera no dia 19 de janeiro, a montagem das quadras sofreu um pequeno atraso. "Para ficar pronta não é demorada, mas quanto mais se usa, melhor fica", afirmou. "Pela própria natureza do saibro, que não é uma chapa metálica."

Burigo foi questionado se achava que o Mauro Pinheiro apresentava condições para o Brasil Open, já que até rato havia sido visto no local.

"É um local aprovado pela ATP", disse Burigo. Procurada, a ATP não se pronunciou.


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