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Sem entrega

Com apoio da torcida, que rejeita ajuda ao Vasco, Palmeiras mostra raça, empata com o vice-líder e praticamente afasta ameaça de rebaixamento

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Palmeiras 1
Luan, aos 18min do 2º tempo
Vasco 1
Dedé, aos 4min do 1º tempo

O Vasco tentou se sentir em casa. O Palmeiras não deixou. O Corinthians agradece.
Em uma noite fria no Pacaembu, com um estádio quase vazio, mas com torcidas praticamente divididas, o time alviverde empatou com os vascaínos e permitiu que o Corinthians abrisse vantagem na disputa do Nacional.
Quem esperava uma torcida clamando para que os jogadores entregassem o jogo assistiu a uma entrega dos palmeirenses pela vitória.
E viu a torcida celebrar o resultado e aplaudir, satisfeita com a gana dos jogadores e a quase garantia do fim das chances de degola. É a única mudança que trouxe o 1 a 1 para a situação do Palmeiras.
Os nove jogos sem vitória no Brasileiro agora são dez. Faltando três partidas para o fim, o Palmeiras tem como meta assegurar a classificação para a Sul-Americana.
Descontente, mesmo, saiu a torcida do Vasco.
O espaço reservado pela polícia não foi suficiente para os cariocas, que também ocuparam um pedaço do tobogã e fizeram mais barulho do que os palmeirenses em todo o primeiro tempo.
E explodiram em festa logo aos 4min. O Vasco se aproveitou do clima favorável e partiu para cima. Em escanteio, o zagueiro Dedé subiu e cabeceou, abrindo o placar.
Nos 41 minutos restantes do primeiro tempo, o Vasco recuou frente a um Palmeiras aguerrido, mas sem inspiração suficiente para empatar.
No segundo tempo, Deola, que saiu mal no gol vascaíno, salvou a pátria verde aos 14min. Então, duas substituições mudaram o Palmeiras.
O atacante Dinei e o meia Pedro Carmona entraram. O jogo mudou. Aos 18min, Marcos Assunção cobrou escanteio, Dinei se enrolou com o goleiro, e a bola sobrou para Luan igualar o placar.
Carmona foi a grata surpresa. Não foi a estreia, mas o meia enfim mostrou um bom futebol. Fez ótima jogada aos 21min e quase virou o jogo.
O Palmeiras pressionava, e o Pacaembu voltou a ser a casa dos palmeirenses.
Quando o locutor do estádio anunciou o gol do Corinthians, aos 30min, fez-se um silêncio estranho. Afinal, justo naquele momento o Palmeiras empolgava como não fazia havia muito tempo.
Surgiram gritos tímidos de "entrega!", mas partiram dos cariocas. Nas cadeiras, cada torcedor parecia entrar num dilema particular. Naquele cenário, o Corinthians abria dois pontos sobre o Vasco.
Em campo, o jogo esfriou um pouco, bem como as arquibancadas. As chances de gol secaram, embora o Palmeiras ainda jogasse melhor.
O apoio ao time alviverde, porém, continuou intacto. Cada boa jogada, dividida ou bico para a lateral foi celebrado até o fim do jogo.

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