São Paulo revive sua dura rotina

Atlético-PR 1
Guerrón, aos 11min do 1º tempo
São Paulo 0

Se algum resultado do São Paulo em quase dois meses merece ser chamado de tropeço, esse foi a vitória sobre o Avaí na rodada passada.
Ontem, o clube voltou à rotina. Pela décima vez nos últimos 11 jogos do Brasileiro, não venceu. Contra o Atlético-PR, um adversário na zona de rebaixamento, o São Paulo sofreu outra derrota.
Com mais um insucesso, já não pode mais alcançar a meta de dez pontos nas quatro últimas rodadas para se classificar para a Libertadores.
Só que a meta é elástica, e a incompetência de outros concorrentes à vaga na competição sul-americana ajuda.
Graças à derrota do Botafogo para o América-MG, o São Paulo verá sua desvantagem para a zona da Libertadores após esta rodada aumentar no máximo em um ponto -caso o Figueirense derrote o Flamengo, hoje, continuará em dois pontos.
Mas, para descontar essa diferença e salvar o ano, o São Paulo terá de se transformar. O time ainda enfrenta América-MG, Palmeiras e Santos.
O técnico Emerson Leão tentou repetir a fórmula de sua única vitória em cinco jogos no time e abdicou do esquema com três zagueiros.
Mas manteve Cícero, meio--campista de origem e ala nas últimas partidas, como responsável pela marcação pelo lado esquerdo da defesa.
Só que o jogador, que já chegou a atuar como atacante no próprio clube, não é lateral. E mostrou bem isso.
Foi em cima de Cícero que o Atlético-PR construiu seu jogo. O time da casa tomou a iniciativa desde o apito inicial e explorou o tempo todo seu ponta direita, Guerrón.
O gol não demorou para sair. E aconteceu da maneira mais óbvia, nas costas de Cícero e com Guerrón. Nieto, em jogada de muita inteligência, deixou passar passe da esquerda, e o equatoriano bateu para abrir o marcador.
O lance não foi suficiente para fazer o São Paulo estancar a deficiência. E foi depois de um cruzamento de Guerrón que o Atlético-PR quase chegou a 2 a 0 ainda no primeiro tempo -Rogério salvou com os pés finalização da pequena área de Paulo Baier.
Sem Luis Fabiano, suspenso, e Dagoberto, deixado no banco por opção do treinador, o clube paulista tinha um ataque praticamente nulo. Nos primeiros 45 minutos, limitou-se a chutes de longe.
Só aos 20min da etapa final conseguiu entrar na área para criar uma chance de gol. Mas o goleiro Renan Rocha se esticou e espalmou chute de esquerda de Jean, devolvendo o São Paulo à sua triste rotina dos últimos tempos.