Futebol

O legado e a projeção da Eurocopa de 2012

As eliminatórias acabaram, e o sorteio dos grupos já será no dia 2 em Kiev. Hora de fechar para balanço.
O qualificatório não apresentou tantas surpresas como chegou a ensaiar, o que apenas aumenta a sensação de repeteco da Copa-2010, só que com a Alemanha na grande final com a Espanha.
A maior festa fica por conta da Irlanda, tungada nas eliminatórias para o Mundial sul-africano e recompensada agora. O folclórico técnico Giovanni Trapattoni, com nomes como Given, Duff, Robbie Keane e Doyle, confia que sua equipe pode repetir a Grécia de 2004.
Vamos simular o pior grupo possível para a Euro do ano que vem, no bom e no mau sentido. Espanha, Alemanha, Portugal e França seria uma "chave da morte". Polônia, Rússia, Grécia e Irlanda poderia ser o contrário, o que mostra como este torneio é imprevisível.
E teve seu grau de imprevisibilidade em alguns detalhes das eliminatórias. Edmundsson, das ilhas Faroë, foi o autor do primeiro gol da competição. Foi fora de casa contra a Estônia, equipe que foi até a repescagem.
Huntelaar, holandês que uns chamam de "Ruintelar", foi o artilheiro da disputa, com 12 gols, sendo destacado pela Uefa, assim como o turco Hamit Altintop, autor oficialmente do gol mais bonito do qualificatório (um voleio ante o Cazaquistão).
Alguns jogos, como Bélgica 4 x 4 Áustria e Holanda 5 x 4 Hungria, foram realmente sensacionais. A Holanda, que fez a goleada recorde de 11 a 0 em San Marino, mostrou nos últimos dias que não está no nível de Alemanha e Espanha, as duas com 100% de aproveitamento.
Pessoalmente, as eliminatórias colocaram em xeque a fama de milagreiro do técnico Guus Hiddink, que ruiu com a Turquia. Em grupo, quem fracassou foram os pedaços da ex-Iugoslávia, exceção feita à Croácia. A Europa em breve falará mais de bola que de crise.