Ministério do Esporte vai passar a comandar APO

A presidente Dilma Rousseff transferiu do Ministério do Planejamento para a área de Esporte a responsabilidade sobre as ações do governo federal na APO (Autoridade Pública Olímpica).
A APO tem como finalidade controlar as obras para a Olimpíada do Rio-2016. Além disso, coordenará a ação entre as três esferas de governo: municipal, estadual e federal. Inicialmente, não vai executar obras, mas pode assumir projetos atrasados.
A decisão fortalece o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que assumiu o cargo há menos de um mês. Ele afirmou que a alteração foi determinada pela presidente.
"A presidente não me deu detalhes sobre as razões de sua decisão. A minha interpretação é que a responsabilidade do Planejamento tinha mais a ver com a fase de estruturação da autoridade. Na parte de execução, é mais natural que o vínculo seja do Esporte", disse Rebelo.
Márcio Fortes, presidente da APO e ex-ministro das Cidades, informou que, até março de 2012, a APO deverá entregar ao COI (Comitê Olímpico Internacional) o orçamento e a definição de projetos coordenados pelo órgão.
A Matriz de Responsabilidades, que determina as atribuições e os gastos de cada esfera de governo nos Jogos, deveria ter sido entregue em novembro, mas foi postergada para o ano que vem.
Segundo o presidente da APO, o orçamento atual da entidade está em cerca de
R$ 80 milhões, sem contabilizar gastos com pessoal.
"O número relativo ao orçamento olímpico será muito baixo. Há o que é inerente à Olimpíada e outros que são os projetos que já estavam em curso e foram acelerados por serem de importância ao evento", afirmou Fortes.
"Muito é feito com o orçamento do Rio de Janeiro, porque é importante para a cidade, mas não é indispensável à Olimpíada; não está na conta olímpica", completou.
A sede da APO será no Rio. O órgão deverá funcionar em estruturas provisórias no centro da cidade, que abrigará também o Comitê Organizador dos Jogos e a Empresa Olímpica Municipal.