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O novo já foi antigo

O retorno das duas linhas de quatro e da dupla de atacantes são as 'novidades' do futebol

As declarações do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao jornal "O Estado de S. Paulo", de que é a favor da anistia das dívidas e da isenção fiscal dos clubes, alegando que eles não visam lucro, são absurdas e demagógicas, no momento em que o futebol é, cada vez mais, um grande negócio, com grandes negociatas.

Na Copa de 1966, a seleção inglesa, campeã do mundo, inovou ao jogar com duas linhas de quatro e dois atacantes. Um meia de cada lado voltava para marcar ao lado dos volantes. A única diferença desse antigo sistema tático para o atual, com três meias e um centroavante, é que havia uma dupla de atacantes, em vez de um meia de ligação e um centroavante.

O Brasil sempre ignorou as duas linhas de quatro. Hoje, 47 anos depois, a maioria das equipes, do Brasil e de todo o mundo, joga dessa forma. O Corinthians faz isso com a rigidez dos times europeus. Neymar terá hoje, diante do Corinthians, contra as duas linhas de quatro e com pouco espaço entre elas, a mesma dificuldade que tem quando enfrenta equipes da Europa.

Hoje, na maioria das partidas, especialmente na Europa, um time ataca, e o outro recua e marca com duas linhas de quatro, para contra-atacar. Quando o time que ataca perde a bola, a situação se inverte. O Barcelona é a exceção, pois nunca joga com duas linhas de quatro. Durante os 90 minutos, pressiona e dá o contra-ataque ao adversário.

A maioria das equipes pequenas, até o boliviano Strongest, contra o São Paulo, sabe formar duas linhas de quatro, perto da área, e dificultar para o outro time.

Outra novidade no futebol brasileiro e no mundial é a volta da dupla de atacantes. Corinthians, Fluminense, Grêmio, Manchester United, Manchester City e muitas outras equipes costumam jogar com uma dupla na frente. Apesar de Tardelli ser, na prancheta, um atacante pela direita, ele está sempre perto de Jô e da área.

Escrevi essa coluna antes do jogo de ontem, entre Real Madrid e Barcelona, pelo Espanhol. Na terça, o Real eliminou o Barça da Copa do Rei. O time catalão já tinha perdido do Milan. Os apressados, os que torcem sempre contra o time mais festejado e que acham que o Barcelona contraria a maneira de atuar de todas as outras equipes, ficaram eufóricos e já decretaram até a decadência do Barcelona.

Gosto de ver o Barcelona jogar, por ser diferente, mesmo quando perde, desde que não seja frequente. Não fiquei surpreso com as últimas derrotas. Sempre achei que o Barcelona, pelo estilo e por não ter um excelente jogador pelos lados, quando Messi, Xavi e Iniesta são anulados, contra grandes equipes, corre sempre muito risco de perder.

Se o Barcelona golear o Milan e se classificar, o que não ficarei também surpreso, tudo voltará a seu lugar. E o futebol continuará, com seus segredos.


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