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Esporte

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Juca Kfouri

Ôôô, queremos torcedor!

Clássicos, mas Morumbi vazio no domingo e Engenhão vazio no fim de semana. O que há?

TINHA SEMIFINAIS da Taça Guanabara no Rio, entre Vasco e Fluminense, no sábado, e Flamengo e Botafogo, no domingo, ambas no Engenhão.

Tinha Neymar x Pato no único clássico centenário do futebol paulista, ontem, no Morumbi.

Só não tinha torcedores em número digno das atrações em um fim de semana de tempo impecável no eixo mais populoso do futebol brasileiro.

Poucos 17 mil em São Paulo e outros poucos 34 mil, divididos por dois jogos, no Engenhão.

Verdade que no clássico paulista a partida não mereceu mais do que isso mesmo, tamanha a escassez de emoções, uma bola no travessão corintiano e um gol feito desperdiçado por Renato Augusto no começo do segundo tempo, depois de uma atuação augusta no primeiro período.

Ora, o Corinthians pensava na viagem de mais de 13 horas para Tijuana e o Santos pensava em voltar a ser o que foi até outro dia, mas só pensava.

Neymar parece esgotado e impaciente e Pato foi apenas discreto.

No Rio, não. Um segundo tempo eletrizante no sábado, quando o Flu virou para cima do Vasco e o Vasco virou para cima do Flu, garantindo o que era improvável, uma vaga na final.

No domingo, um gol no primeiro minuto e outro no último deram ao Botafogo também uma justa classificação, embora o favorito fosse o Flamengo, enfim derrotado pela primeira vez no Engenhão.

Quando o aniversariante sexagenário Zico jogava, ao menos nessa hora, as torcidas costumavam comparecer.

Não se jogará fora aqui mais argumentos contra os falidos Estaduais, porque são tantas as providências necessárias para encher nossos estádios que não encherei a paciência do raro leitor.

O país do futebol, uma dessas nossas mentiras que viraram verdade de tão repetidas, às vésperas de receber o mundo, dá cada vez mais sinais de como sucessivas gestões desastrosas na CBF e nas federações estaduais, essas dinossauras que só existem por aqui, esvaziaram nossos estádios.

Faz agora a CBF, ao convidar Luis Paulo Rosenberg para assumir seu marketing no lugar de um aliado há décadas do ex-presidente que fugiu para a Flórida, um lance que busca incendiar o Brasil como se incendiou a torcida corintiana sob a gestão dele, Rosenberg. A ideia é a de refazer os vínculos com a seleção brasileira, coisa muito mais complicada do que mexer com tricolores, rubro-negros, alvinegros, alviverdes etc. e seus times de coração.

Do jeito que a coisa vai, vão caçar torcedor a grito.

A QUEDA

Terá Pep Guardiola caído fora do Barcelona por saber que a queda era inevitável?

Que reflexos sofrerá a seleção espanhola?

Não sei e não sei.

Sei que, como me doía ver o Santos de Pelé perder para quem quer que fosse, porque sempre achava que o vencedor não era melhor que ele, sofro com as derrotas do Barcelona.

Mas o mundo gira e a bola rola.


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