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MEMÓRIA
Brasileiros lutam contra sina de só uma boa corrida
DA REPORTAGEM LOCAL
Os brasileiros vêm enfrentando na São Silvestre ao
longo dos tempos a tradição
de não fazerem mais que
uma boa corrida na prova.
Vários atletas do país que
foram campeões não conseguiram o bicampeonato da
São Silvestre e, pior, não alavancaram as suas carreiras
após a vitória na prova que
acontece na capital paulista
no último dia do ano.
Cinco dos oito brasileiros
que venceram a São Silvestre
na fase internacional não
triunfaram em outras provas -João da Mata, campeão em 1983, é um exemplo
de atleta que não teve bons
resultados após o sucesso
em São Paulo.
Émerson Iser Bem, que
venceu na condição de surpresa em 1997, praticamente
saiu do noticiário após seu
triunfo solitário. Nos anos
seguintes, seu desempenho
caiu bastante e, neste ano, lesionado nem competiu.
No feminino, a síndrome
que afeta os atletas brasileiros campeões da São Silvestre também existe. Carmen
Oliveira, vencedora da prova
em 1995, preferiu encerrar
sua história na competição
para não sofrer muita ""pressão" nos anos seguintes.
Roseli Machado, que venceu em 1996, até obteve vitórias em outras provas, mas
sua carreira foi atrapalhada
por contusões no joelho.
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