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AUTOMOBILISMO
Depois de não passar pela cidade que lhe rendeu o nome em 2003, rali volta a ser encerrado no Senegal
Dacar muda rota para retornar às origens
DA REPORTAGEM LOCAL
O Rali Dacar, que começa hoje
na França, celebra a volta às suas
origens. Depois de um pequeno
desvio de rota -na edição de
2003, pela primeira vez não passou nem por Paris nem por Dacar-, a competição volta a ser
encerrada em terras senegalesas.
No ano passado, o rali tomou
um rumo completamente diferente daquele que já havia se tornado tradicional. Em vez de descer pelo lado oeste do continente,
cruzou a parte leste da África. Depois de começar na cidade francesa de Marselha, foi encerrado em
Sharm El Sheikh, no Egito.
Nas 25 edições já disputadas até
hoje, só sete vezes o rali não passou por Paris ou Dacar. A primeira vez que deixou de começar na
França e terminar no Senegal foi
em 92. Desde então, o Dacar teve
um itinerário diferente todo ano.
Em 2004, sete países estão na rota dos participantes do rali mais
tradicional do mundo: França,
Espanha, Marrocos, Mauritânia,
Mali, Burkina Fasso e Senegal
-no ano passado foram cinco.
Para os competidores brasileiros, que, no ano passado, conseguiram a melhor colocação do
país na história do rali -o segundo lugar de André Azevedo na
classificação geral dos caminhões-, não será um ano fácil.
Com apenas quatro representantes, o Brasil terá alguns concorrentes de peso, principalmente
entre os carros, na qual correm
Klever Kolberg e Lourival Roldan.
Eles terão como rivais o japonês
Hiroshi Masuoka, atual bicampeão da categoria, e o francês Stéphane Peterhansel, seis vezes
campeão nas motos e que agora
compete entre os carros.
Além deles, outro grande oponente é o veterano finlandês Ari
Vatanen, vencedor do Dacar em
1987, 1989, 1990 e 1991 e que voltou a correr no ano passado.
Entre os ex-campeões do rali
também está a alemã Jutta Kleinschimidt, primeira mulher da história a vencer o Dacar, em 2001.
A novidade para esta edição é a
estréia do escocês Colin McRae,
ex-campeão do Mundial de rali.
"Estou ansioso e um pouco amedrontado", confessou o campeão
mundial de 1995. "Tudo o que eu
sei sobre o Dacar é o que vi na televisão e o que me contaram. É
uma jornada no desconhecido."
Jean Azevedo, que corre na categoria motos, terá entre seus
concorrentes o francês Richard
Sainct, vencedor do rali em 1999,
2000 e 2003, e o italiano Fabrizio
Meoni, ganhador em 2001 e 2002.
Mas o quinto lugar na edição do
ano passado rendeu a Jean um
contrato com a KTM para ser um
dos dez pilotos selecionados para
usar uma moto nova, de 700 cc.
"Dessa forma, vou poder definir
estratégias mais agressivas em
busca de melhores resultados",
disse o piloto. "O meu objetivo é
ao menos me manter entre os cinco primeiros na classificação geral
ou até terminar em terceiro."
André Azevedo, irmão de Jean,
aposta nos mesmos parceiros de
2003, os tchecos Tomas Tomecek
e Mira Martinec, para tentar
triunfar agora.
(TATIANA CUNHA)
Com agências internacionais
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