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São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2004

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AUTOMOBILISMO

Depois de não passar pela cidade que lhe rendeu o nome em 2003, rali volta a ser encerrado no Senegal

Dacar muda rota para retornar às origens

DA REPORTAGEM LOCAL

O Rali Dacar, que começa hoje na França, celebra a volta às suas origens. Depois de um pequeno desvio de rota -na edição de 2003, pela primeira vez não passou nem por Paris nem por Dacar-, a competição volta a ser encerrada em terras senegalesas.
No ano passado, o rali tomou um rumo completamente diferente daquele que já havia se tornado tradicional. Em vez de descer pelo lado oeste do continente, cruzou a parte leste da África. Depois de começar na cidade francesa de Marselha, foi encerrado em Sharm El Sheikh, no Egito.
Nas 25 edições já disputadas até hoje, só sete vezes o rali não passou por Paris ou Dacar. A primeira vez que deixou de começar na França e terminar no Senegal foi em 92. Desde então, o Dacar teve um itinerário diferente todo ano.
Em 2004, sete países estão na rota dos participantes do rali mais tradicional do mundo: França, Espanha, Marrocos, Mauritânia, Mali, Burkina Fasso e Senegal -no ano passado foram cinco.
Para os competidores brasileiros, que, no ano passado, conseguiram a melhor colocação do país na história do rali -o segundo lugar de André Azevedo na classificação geral dos caminhões-, não será um ano fácil.
Com apenas quatro representantes, o Brasil terá alguns concorrentes de peso, principalmente entre os carros, na qual correm Klever Kolberg e Lourival Roldan.
Eles terão como rivais o japonês Hiroshi Masuoka, atual bicampeão da categoria, e o francês Stéphane Peterhansel, seis vezes campeão nas motos e que agora compete entre os carros.
Além deles, outro grande oponente é o veterano finlandês Ari Vatanen, vencedor do Dacar em 1987, 1989, 1990 e 1991 e que voltou a correr no ano passado.
Entre os ex-campeões do rali também está a alemã Jutta Kleinschimidt, primeira mulher da história a vencer o Dacar, em 2001.
A novidade para esta edição é a estréia do escocês Colin McRae, ex-campeão do Mundial de rali. "Estou ansioso e um pouco amedrontado", confessou o campeão mundial de 1995. "Tudo o que eu sei sobre o Dacar é o que vi na televisão e o que me contaram. É uma jornada no desconhecido."
Jean Azevedo, que corre na categoria motos, terá entre seus concorrentes o francês Richard Sainct, vencedor do rali em 1999, 2000 e 2003, e o italiano Fabrizio Meoni, ganhador em 2001 e 2002.
Mas o quinto lugar na edição do ano passado rendeu a Jean um contrato com a KTM para ser um dos dez pilotos selecionados para usar uma moto nova, de 700 cc. "Dessa forma, vou poder definir estratégias mais agressivas em busca de melhores resultados", disse o piloto. "O meu objetivo é ao menos me manter entre os cinco primeiros na classificação geral ou até terminar em terceiro."
André Azevedo, irmão de Jean, aposta nos mesmos parceiros de 2003, os tchecos Tomas Tomecek e Mira Martinec, para tentar triunfar agora. (TATIANA CUNHA)


Com agências internacionais


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