São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AÇÃO

De olho na elite


Em ano de destaque para juniores no circuito feminino de surfe, Bruna Schmitz pode ser forte reforço para o país


CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

D UAS GAROTAS de 17 anos disputaram a final da primeira e importante etapa da divisão de acesso do Mundial de surfe (WQS), em Phillip Island, Austrália: Sally Fitzgibbons e a brasileira Bruna Schmitz. Nas semifinais, elas deixaram para trás a campeã mundial junior de 2006, Jessy Miller Dyer, e a jovem sobrevivente de um ataque de tubarão no Havaí, Bethany Hamilton, que segue competindo mesmo com um braço amputado.
""O talento entre os juniores está inacreditável", disse a ex-campeã mundial Chelsea Hedge. E a campeã da etapa de abertura do circuito, a australiana Sally, precisou usar todo o seu para superar Bruninha.
Dias antes, Sally havia vencido o Mundial Pro Junior, marcando um início de temporada arrasador. Mais uma promessa para os australianos, que em 2007 viram a estreante Stephanie Gilmore se tornar a mais jovem campeã mundial da elite. Para nós, o primeiro resultado importante de Bruna é a confirmação do talento apontado quando ela era criança e pode se tornar importante reforço para o ""time" feminino.
Em 2008, o WQS terá 15 provas na categoria feminina e 48 na masculina, sendo que 18 dessas 48 formam o que podemos chamar de Grand Slam: etapas de seis estrelas e de cinco e seis estrelas prime, que somam de 2.500 a 3.000 pontos para o campeão. Como só os sete melhores resultados são somados ao fim da temporada, elas praticamente definem os 15 atletas que sobem para o WCT.
O Brasil terá cinco delas, quatro etapas seis estrelas e uma, a única do circuito, cinco estrelas prime. O principal critério para a graduação ""prime" é a locação, em lugares com ondas de sonho, e a brasileira será em Fernando de Noronha a partir do dia 12. A 25ª edição do Hang Loose Pro marcará o desempate entre brasileiros e estrangeiros, cada um com 12 vitórias. O calendário do WQS 2008 está de bom tamanho para que os competidores brasileiros recuperem o espaço perdido na elite nos últimos anos. Neste ano, contamos com somente seis atletas no WCT, o menor número desde 1993.

CAIAQUE EXTREMO
Seis canoístas norte-americanos e brasileiros sairão em expedição de 45 dias por Bahia, Tocantins e Goiás. O foco é a quebra do recorde mundial de drop em cachoeira, idealizado por Pedro Oliva.

SURFE ACADÊMICO
A USP (educação física), em parceria com a Ibrasurf, inicia em março um curso de 14 semanas de gestão e marketing do esporte.

PRAIA NÃO É CINZEIRO
A ONG SOS Praias Brasil, atuante desde 1999, fechou a conta de 2007 e constatou que as bitucas de cigarro continuam liderando o ranking da sujeira.

sarli@trip.com.br


Texto Anterior: Em público: Último jogo será em Ipanema
Próximo Texto: Santos cai, mas só torcida ferve na Vila
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.