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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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FUTEBOL

Time pega a Ponte Preta em estréia na competição que define rebaixado

No Carnaval da esperança, Lusa dança contra a morte

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em pleno sábado de Carnaval, 12 dos 21 clubes da elite de São Paulo entram em campo para praticar a dança da morte.
É o começo do rebolo do Campeonato Paulista 2003, que, a rigor, vai definir um time que perderá o lugar no torneio de elite do Estado e que terá que disputar a Série A-2 no próximo ano.
A equipe mais assombrada pelo fantasma do descenso é a Lusa, que estréia no "Torneio da Morte" contra a Ponte Preta, às 16h, no Canindé. Não tem quatro meses, a equipe foi rebaixada para a segunda divisão do Brasileiro.
A partida contra o time de Campinas acontece horas antes de, no ginásio do Canindé, ter início mais um baile do sugestivo "Carnaval da Esperança".
"Nós temos que ganhar da Ponte. Sair na frente logo na primeira rodada será muito importante. Depois teremos outra pedreira pela frente, que é o Paulista, lá em Jundiaí", disse o atacante Edson Araújo, se referindo já ao próximo jogo da Lusa no rebolo, na Quarta-Feira de Cinzas.
"Precisamos tirar o time dessa situação. A Lusa é muito grande para cair para a segunda divisão. Nem estamos pensando nisso", declarou ontem o lateral Rissut.
O "não estar pensando" de Rissut está embasado em declarações de diretores do Canindé e até do técnico Luiz Carlos Martins, que evitam se referir ao rebolo, ou "Torneio da Morte", com tais nomenclaturas.
Na Lusa, a fase que se inicia amanhã é uma "continuação" do Paulista, que vale também para "melhorar o retrospecto" do time na história do torneio.
"Não será uma partida qualquer [o jogo contra a Ponte Preta]. Será um encontro valendo pelo Campeonato Paulista", disse o treinador, ontem.
Mas essa dissimulação não é compartilhada por todos os jogadores do time do Canindé.
"Nessa fase, temos que jogar o que ainda não demonstramos", afirmou o atacante Alex Alves.
"Vamos começar uma nova campanha para não sermos rebaixados", disse o zagueiro Júnior.
Para o jogo de estréia no "Torneio da Morte", o treinador Luiz Carlos Martins resolveu realizar, na véspera, apenas um treino matutino. Logo em seguida, levou os jogadores para a concentração no bairro de Santana, na zona norte da capital, um pouco mais longe das movimentações carnavalescas do clube e do sambódromo paulistano, que fica nas imediações do Canindé.
Na fase de classificação, a Lusa terminou em quarto lugar no Grupo 3, com oito pontos ganhos em seis jogos. Já a Ponte Preta, no Grupo 1, teve a metade dos pontos e dividiu a última colocação da chave com o Mogi Mirim.
Dos oito pontos conquistados pela Lusa, sete vieram nos últimos três jogos, em que o invicto Luiz Carlos Martins foi o comandante do time, em substituição ao demitido Flávio Lopes.
O outro time da capital que encara o rebolo é o Juventus, o grande favorito ao rebaixamento, se levada em conta sua performance na primeira fase do Paulista.
A equipe viaja ao interior para enfrentar o Marília sem ainda ter conseguido ao menos empatar na fase de classificação. Foram seis jogos e seis derrotas.


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