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FUTEBOL
Com um a menos, time vira jogo que teve só 25 minutos de emoção e deixa time alviverde com 3 derrotas em 3 jogos
Santos mantém o Palmeiras na lanterna
LUÍS FERRARI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O jogo levou 90 minutos, mas o
primeiro clássico paulista do Brasileiro teve cerca de 25 minutos de
futebol. Foi só no final do segundo tempo que Santos e Palmeiras
mostraram empenho de times de
massa, na vitória da equipe do litoral, que fez 2 a 1, de virada.
Enfim, foi um reflexo da pouca
importância que os clubes deram
ao clássico. Os santistas focam na
Copa do Brasil, e os palmeirenses,
na Libertadores. Ambos pouparam alguns titulares ontem.
Na quarta, o Palmeiras, lanterna
do Brasileiro, sem pontos, decide
ida às quartas-de-final da Libertadores diante do São Paulo, no
Morumbi. O líder Santos enfrenta
o Ipatinga, fora, por vaga nas semifinais da Copa do Brasil.
Uma cena, aos 17min da etapa
final, ilustra bem o que foi a maior
parte do clássico. Era tiro de meta
para o Palmeiras e havia uma segunda bola em campo, perto de
jogadores dos dois times. Nenhum deles tomou a iniciativa de
chutá-la para fora. Para o jogo recomeçar, um gandula teve que
entrar no gramado e tirá-la.
Neste cenário, quem se deu melhor foi o Santos, que manteve a
invencibilidade no Brasileiro e, de
quebra, encerrou um tabu de
mais de nove anos. A última vitória do time da Baixada Santista
sobre o Palmeiras no Parque Antarctica havia sido em janeiro de
1997, pelo Torneio Rio-São Paulo.
A equipe dona da casa foi incompetente em transformar o domínio em lances de perigo. A primeira das suas cinco finalizações
demorou mais de 20 minutos.
No Santos, que apostava nos
contra-ataques, o panorama não
foi melhor. A equipe de Vanderlei
Luxemburgo até conseguia recuperar a posse de bola e articular os
contragolpes, quase sempre pelas
laterais, mas pecava nos cruzamentos. Segundo o Datafolha, foram 18 tentativas, porém só quatro corretas (22,2% de êxito).
Com o futebol em segundo plano, o destaque da primeira metade do clássico foi uma jogada fora
de campo. O ala-esquerdo Carlinhos se chocou com numa câmera de TV próxima à linha lateral e
teve um corte na cabeça.
O segundo tempo começou da
mesma forma, apesar de o Santos
ter arriscado mais jogadas de ataque, principalmente com Neto e
Geílson pelo lado direito.
Até que, aos 21min, o Palmeiras
achou seu gol, quando Luxemburgo já preparava a entrada dos
titulares Léo Lima, Cléber Santana e Reinaldo. Paulo Baier bateu
escanteio, e o paraguaio Gamarra,
de cabeça, inaugurou o placar.
O Santos foi ao ataque. Dois minutos depois, Magnum bateu escanteio na primeira trave. A bola
foi desviada, bateu nas costas de
Paulo Baier e acabou na rede.
Os gols animaram as equipes.
Primeiro Michael, depois Carlinhos e Léo Lima (duas vezes) tiveram chances de marcar.
O jogo ficou mais franco com a
expulsão de Cléber Santana, que
acertou cotovelada em Marcinho
Guerreiro. Marcelo Vilar abriu o
time com a entrada do meia Cristian na vaga do volante Wendel,
oferecendo contra-ataques.
Assim, aos 41min, o Santos virou com uma arrancada de Reinaldo, que superou Gamarra na
corrida e chutou: 2 a 1.
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