São Paulo, segunda-feira, 01 de maio de 2006

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FUTEBOL

Com um a menos, time vira jogo que teve só 25 minutos de emoção e deixa time alviverde com 3 derrotas em 3 jogos

Santos mantém o Palmeiras na lanterna

LUÍS FERRARI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo levou 90 minutos, mas o primeiro clássico paulista do Brasileiro teve cerca de 25 minutos de futebol. Foi só no final do segundo tempo que Santos e Palmeiras mostraram empenho de times de massa, na vitória da equipe do litoral, que fez 2 a 1, de virada.
Enfim, foi um reflexo da pouca importância que os clubes deram ao clássico. Os santistas focam na Copa do Brasil, e os palmeirenses, na Libertadores. Ambos pouparam alguns titulares ontem.
Na quarta, o Palmeiras, lanterna do Brasileiro, sem pontos, decide ida às quartas-de-final da Libertadores diante do São Paulo, no Morumbi. O líder Santos enfrenta o Ipatinga, fora, por vaga nas semifinais da Copa do Brasil.
Uma cena, aos 17min da etapa final, ilustra bem o que foi a maior parte do clássico. Era tiro de meta para o Palmeiras e havia uma segunda bola em campo, perto de jogadores dos dois times. Nenhum deles tomou a iniciativa de chutá-la para fora. Para o jogo recomeçar, um gandula teve que entrar no gramado e tirá-la.
Neste cenário, quem se deu melhor foi o Santos, que manteve a invencibilidade no Brasileiro e, de quebra, encerrou um tabu de mais de nove anos. A última vitória do time da Baixada Santista sobre o Palmeiras no Parque Antarctica havia sido em janeiro de 1997, pelo Torneio Rio-São Paulo.
A equipe dona da casa foi incompetente em transformar o domínio em lances de perigo. A primeira das suas cinco finalizações demorou mais de 20 minutos.
No Santos, que apostava nos contra-ataques, o panorama não foi melhor. A equipe de Vanderlei Luxemburgo até conseguia recuperar a posse de bola e articular os contragolpes, quase sempre pelas laterais, mas pecava nos cruzamentos. Segundo o Datafolha, foram 18 tentativas, porém só quatro corretas (22,2% de êxito).
Com o futebol em segundo plano, o destaque da primeira metade do clássico foi uma jogada fora de campo. O ala-esquerdo Carlinhos se chocou com numa câmera de TV próxima à linha lateral e teve um corte na cabeça.
O segundo tempo começou da mesma forma, apesar de o Santos ter arriscado mais jogadas de ataque, principalmente com Neto e Geílson pelo lado direito.
Até que, aos 21min, o Palmeiras achou seu gol, quando Luxemburgo já preparava a entrada dos titulares Léo Lima, Cléber Santana e Reinaldo. Paulo Baier bateu escanteio, e o paraguaio Gamarra, de cabeça, inaugurou o placar.
O Santos foi ao ataque. Dois minutos depois, Magnum bateu escanteio na primeira trave. A bola foi desviada, bateu nas costas de Paulo Baier e acabou na rede.
Os gols animaram as equipes. Primeiro Michael, depois Carlinhos e Léo Lima (duas vezes) tiveram chances de marcar.
O jogo ficou mais franco com a expulsão de Cléber Santana, que acertou cotovelada em Marcinho Guerreiro. Marcelo Vilar abriu o time com a entrada do meia Cristian na vaga do volante Wendel, oferecendo contra-ataques.
Assim, aos 41min, o Santos virou com uma arrancada de Reinaldo, que superou Gamarra na corrida e chutou: 2 a 1.


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