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BOXE
Após brasileiro reconquistar cinturão dos leves, equipe provoca Diego Corrales, único a derrotá-lo no profissionalismo
Campeão, Popó mira revanche com algoz
EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A MASHANTUCKET (EUA)
Momentos após Acelino Freitas,
o Popó, bater o norte-americano
Zahir Raheem por pontos na madrugada de ontem, sua equipe
afirmou que um de seus próximos objetivos é a revanche contra
Diego Corrales. Em 2004, o também americano tomou o cinturão
dos leves do brasileiro, em sua
primeira derrota profissional.
"Ele [Corrales] está correndo de
nós", respondeu o técnico de Popó, o porto-riquenho Oscar Suarez, ao ser questionado sobre o rival, que em junho enfrenta o mexicano Jose Luis Castillo.
O promotor de Popó, o norte-americano Arthur Pelullo fez eco.
"É isso o que nós queremos. Se
Corrales tiver sorte o suficiente
para passar por Castillo no terceiro combate entre os dois, vamos
fazer a revanche com Popó."
Popó, no entanto, não comentou sobre o futuro durante a entrevista coletiva após a luta. Afirmou que seu plano era simplesmente retornar ao Brasil e reencontrar a mulher, Eliana, e o filho
de sete meses, Acelino Popó.
O brasileiro conseguiu ontem
recuperar o cinturão dos leves da
Organização Mundial de Boxe.
O manager de Corrales, James
Prince, ironizou a situação. Ao tomar conhecimento pela Folha da
declaração de Suarez e ser questionado se gostaria de fazer uma
revanche, respondeu: "Amaríamos uma revanche. Vá falar com
aquele homem [apontando para
Pelullo]. Ele sempre diz "não, não,
não" para essa luta".
Mais tarde, Pelullo pediu que
deixassem Popó em paz, para que
ele pudesse apreciar a conquista
do cinturão. "Ele esteve afastado
da família durante meses e acabou de fazer uma luta duríssima.
Não é a hora de pressioná-lo com
questões sobre o que fará no futuro", disse o americano.
A vitória de Popó na disputa pelo título vago aconteceu por pontos, ao fim de 12 assaltos. O combate com Raheem foi marcado
pela catimba do rival, que usou
clinches, cabeçadas, golpes na nuca e até empurrões para a lona.
Ao fim da luta, o baiano fez o suficiente para convencer dois dos
três jurados de sua vitória (116 a
112, 115 a 113 e 113 a 115).
Na contagem realizada pela Folha, o pugilista brasileiro ganhou
oito assaltos e perdeu quatro.
"Não sei a que combate aquele
jurado [Chuck Sammartino, que
deu vantagem para o lutador
americano] assistiu", lamentou
Popó, 30, que mostrou durante o
triunfo sobre Raheem, 29, uma
mistura equilibrada de agressividade e técnica, mantendo, na
maior parte do tempo, uma pressão controlada e constante.
Porém, em diversas oportunidades, ambos trocaram golpes
mais potentes, que levaram perigo de um lado a outro.
Com a vitória, o cartel de Popó
passou a registrar 38 vitórias, sendo 32 delas por nocaute, e uma
derrota. Este é o quarto cinturão
do brasileiro, que fora campeão
superpena e leve anteriormente.
Também, pela primeira vez, o
Brasil ostenta dois campeões
mundiais de boxe simultaneamente -o outro é o pena Valdemir Pereira, o Sertão.
Raheem, que vinha de vitória
importante sobre o ex-campeão
Erik Morales, desceu do ringue
com 27 vitórias e duas derrotas.
O jornalista Eduardo Ohata viajou a
convite da Banner Promotions
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