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Gradual, São Paulo só empata
Sem se impor no 1º tempo, time melhora após saída de Jorge Wagner, mas gols escapam no Uruguai
Nacional 0
São Paulo 0
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O empate fora de casa é bom
nos mata-matas da Libertadores? Depende. Teria sido ótimo
para o São Paulo do primeiro
tempo de ontem, no Parque
Central. Acabou sendo menos
do que o time de Muricy Ramalho merecia, após as chances
perdidas na segunda etapa.
O jogo foi muito previsível. O
São Paulo começou forçando
nas bolas aéreas. Jorge Wagner, no entanto, tinha dificuldades para achar Adriano.
Previsível, devido ao fato de o
Nacional ser um time forte na
bola alta. Richarlyson recebeu
seu habitual cartão amarelo em
falta boba na lateral. Tudo normal, tudo como de costume.
E há Adriano. Mas nem seu
melhor disparo canhoto, aos
40min do primeiro tempo, foi
suficiente. Viera salvou, dando
rebote. A sobra, com Éder Luis,
tampouco bastou. Acossado, o
meia chutou por cima.
Os uruguaios tiveram mais
chances, mas todas pelo chão.
O esperado jogo aéreo montevideense em busca do gigante
Richard Morales, temido por
Muricy, não aconteceu.
Arismendi perdeu um gol ao
chutar rasteiro diante de Rogério, que deixou a bola passar
por baixo de si, mas Alex Silva
evitou em cima da linha. Depois, Fornaroli apareceu na cara do gol, mas Rogério aparou.
No segundo tempo, porém, o
Nacional esqueceu a bola e começou a se esmerar nas faltas.
A partir de uma entrada feia em
Hernanes, respondida com outra de Fábio Santos (que substituiu Zé Luís), os ânimos se acirraram no Parque Central. Logo
depois, Richarlyson e Éder sofreram e preocuparam após os
carrinhos cada vez mais "libertadores" dos uruguaios.
Aos 21min do segundo tempo, Jorge Wagner saiu mancando para dar vaga a Hugo. Deu
curiosidade de ver como o São
Paulo se comportaria sem seu
principal gerador de perigo.
Curiosamente, o time começou a criar suas melhores chances, mas Adriano nunca mais
viu a cor da bola surgir à feição.
Aos 25min, ela chegou dentro da área a Borges, que cortou
para a esquerda e chutou em cima da zaga. Quando a bola voltou, Alex Silva pegou de primeira dentro da área, e a bola escapou bem próximo à trave. E as
duas jogadas subseqüentes foram ainda melhores.
Hugo recebeu um presente
da defesa uruguaia, invadiu a
área, mas perdeu a chance. Depois, foi a vez de Richarlyson
cruzar da esquerda e achar
Éder Luís, que, de chapa, bateu
cruzado e para fora.
A essa altura, as ações ofensivas do Nacional estavam controladas. O time nem aparecia
perto da área, nem cruzava, e o
São Paulo mantinha o empate.
Irritada, a torcida local chegou
a jogar uma garrafa de vidro no
gramado, recolhida pelo árbitro Rubén Selmán.
No fim, a última grande
chance do São Paulo, num contra-ataque rápido, não se concretizou porque o passe de
Èder Luis saiu mais atrás do
que Borges precisava para completar a tabela com um chute. E
o 0 a 0 ficou frustrante, pois a
vitória era possível.
Na próxima quarta-feira, o
São Paulo decide a vaga no Morumbi precisando de uma vitória. Novo 0 a 0, disputa de pênaltis. Empate com gols classifica o Nacional. Quem passar
pega Fluminense ou o colombiano Nacional de Medellín.
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