São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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Gradual, São Paulo só empata

Sem se impor no 1º tempo, time melhora após saída de Jorge Wagner, mas gols escapam no Uruguai

Nacional 0
São Paulo 0

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O empate fora de casa é bom nos mata-matas da Libertadores? Depende. Teria sido ótimo para o São Paulo do primeiro tempo de ontem, no Parque Central. Acabou sendo menos do que o time de Muricy Ramalho merecia, após as chances perdidas na segunda etapa.
O jogo foi muito previsível. O São Paulo começou forçando nas bolas aéreas. Jorge Wagner, no entanto, tinha dificuldades para achar Adriano.
Previsível, devido ao fato de o Nacional ser um time forte na bola alta. Richarlyson recebeu seu habitual cartão amarelo em falta boba na lateral. Tudo normal, tudo como de costume.
E há Adriano. Mas nem seu melhor disparo canhoto, aos 40min do primeiro tempo, foi suficiente. Viera salvou, dando rebote. A sobra, com Éder Luis, tampouco bastou. Acossado, o meia chutou por cima.
Os uruguaios tiveram mais chances, mas todas pelo chão. O esperado jogo aéreo montevideense em busca do gigante Richard Morales, temido por Muricy, não aconteceu.
Arismendi perdeu um gol ao chutar rasteiro diante de Rogério, que deixou a bola passar por baixo de si, mas Alex Silva evitou em cima da linha. Depois, Fornaroli apareceu na cara do gol, mas Rogério aparou.
No segundo tempo, porém, o Nacional esqueceu a bola e começou a se esmerar nas faltas. A partir de uma entrada feia em Hernanes, respondida com outra de Fábio Santos (que substituiu Zé Luís), os ânimos se acirraram no Parque Central. Logo depois, Richarlyson e Éder sofreram e preocuparam após os carrinhos cada vez mais "libertadores" dos uruguaios.
Aos 21min do segundo tempo, Jorge Wagner saiu mancando para dar vaga a Hugo. Deu curiosidade de ver como o São Paulo se comportaria sem seu principal gerador de perigo.
Curiosamente, o time começou a criar suas melhores chances, mas Adriano nunca mais viu a cor da bola surgir à feição.
Aos 25min, ela chegou dentro da área a Borges, que cortou para a esquerda e chutou em cima da zaga. Quando a bola voltou, Alex Silva pegou de primeira dentro da área, e a bola escapou bem próximo à trave. E as duas jogadas subseqüentes foram ainda melhores.
Hugo recebeu um presente da defesa uruguaia, invadiu a área, mas perdeu a chance. Depois, foi a vez de Richarlyson cruzar da esquerda e achar Éder Luís, que, de chapa, bateu cruzado e para fora.
A essa altura, as ações ofensivas do Nacional estavam controladas. O time nem aparecia perto da área, nem cruzava, e o São Paulo mantinha o empate. Irritada, a torcida local chegou a jogar uma garrafa de vidro no gramado, recolhida pelo árbitro Rubén Selmán.
No fim, a última grande chance do São Paulo, num contra-ataque rápido, não se concretizou porque o passe de Èder Luis saiu mais atrás do que Borges precisava para completar a tabela com um chute. E o 0 a 0 ficou frustrante, pois a vitória era possível.
Na próxima quarta-feira, o São Paulo decide a vaga no Morumbi precisando de uma vitória. Novo 0 a 0, disputa de pênaltis. Empate com gols classifica o Nacional. Quem passar pega Fluminense ou o colombiano Nacional de Medellín.


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