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Gary Hall diz que maiô é "cortina para doping"
Para nadador americano, há atletas se dopando
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo traje "high-tech" que
tem monopolizado as atenções
nas piscinas pode ajudar a "acobertar" o uso de doping.
Para Gary Hall Jr., dono de
cinco ouros olímpicos, as discussões sobre o maiô estão tirando o foco do principal problema de sua modalidade.
"É óbvio que há algo atrás da
tecnologia. Não quero tirar a
atenção das performances, mas
há doping acontecendo no esporte. [A polêmica] é distração
conveniente a quem se dopa",
declarou o americano.
O LZR Racer foi aprovado
pela federação internacional e
vestiu nadadores em 18 das 19
quebras de recordes mundiais
em piscina de 50 m neste ano.
O Comitê Olímpico Italiano,
um dos principais críticos do
traje, já iniciou pesquisa para
verificar se o maiô ajuda na flutuabilidade dos nadadores, o
que poderia ser contra a regra.
Quando o francês Alain Bernard quebrou os recordes dos
50 m e dos 100 m livre, no mês
passado, sem ter ostentado
grandes marcas anteriormente, seus músculos avantajados
chamaram a atenção. Alguns
nadadores insinuaram que seriam produto do uso de doping.
"Acho que o traje de fato deve
ajudar. Mas, se as pessoas
acham que não há doping, elas
são tolas", afirmou Hall Jr.
Para tentar evitar que o doping manche os Jogos de Pequim, a Agência Mundial Antidoping (Wada) pediu ontem
que a China intensifique a fiscalização em suas fronteiras e
na imigração para evitar a entrada de substâncias proibidas.
Já havia sido anunciado
maior rigor do controle em Pequim. O número de testes cresceu, principalmente fora de
competição, e haverá exames
para HGH (hormônio de crescimento). A Wada também deve fechar um acordo com a Interpol para que informações
sobre uso e comércio de doping
sejam compartilhadas pelas
polícias em nível mundial.
Com agências internacionais
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