São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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Chelsea leva Abramovich para casa

Clube inglês, do magnata russo, derrota Liverpool e chega à sua primeira decisão de Copa dos Campeões, em Moscou

Contra o Manchester United, no próximo dia 21, equipe tentará se tornar a primeira londrina a ganhar o principal título de clubes da Europa

DA REPORTAGEM LOCAL

Da Rússia veio o dinheiro que tem ajudado, e muito, a transformar o Chelsea de clube médio inglês em potência européia. E será na Rússia, terra de seu patrono, o magnata Roman Abramovich, que a equipe londrina tentará dar o passo mais importante rumo à sua confirmação entre os grandes.
Numa partida que acabou apenas na prorrogação, o Chelsea derrotou o Liverpool por 3 a 2 e alcançou pela primeira vez em sua história a decisão do principal campeonato continental de clubes. Para dar o passo adiante, terá agora de bater o Manchester United, no dia 21, no estádio Luzhniki.
Depois de duas eliminações na competição ante o Liverpool, a equipe londrina finalmente conseguiu dar o troco. A última vez que os "Vermelhos" haviam atingido a semifinal da Copa dos Campeões e naufragado ocorrera em 1964. Contra os "Azuis", o Liverpool, que buscava sua terceira decisão em quatro anos, havia levado a melhor nas últimas duas vezes em que se enfrentaram no mata-mata, ambas em semifinais.
Para desta dez não cair fora, o Chelsea soube se aproveitar do fato de decidir a vaga em seus domínios. No estádio Stamford Bridge, o time agora acumula a marca de 67 jogos invicto.
A maior façanha internacional dos "Azuis" acontece na temporada em que os investimentos de Roman Abramovich não foram tão abundantes.
O clube já não contava mais com o badalado técnico José Mourinho, que, por problemas de relacionamento com a diretoria, acabou deixando o Chelsea. A equipe, no entanto, não foi atrás de nenhum outro treinador renomado. Apostou no israelense Avram Grant, um dos assistentes do português.
Com relação ao elenco, a equipe também fez menos "escândalo" ao se reforçar.
Ao contrário de outras temporadas, em que arrancou a peso de ouro os principais craques de grandes europeus -como Ballack, ex-Bayern de Munique, e Shevchenko, ex-Milan-, no início do período 2007/2008 e também na janela de contratações de inverno, em janeiro, o Chelsea buscou reforços mais modestos, como o meia francês Malouda.
A cobiçada vaga numa final foi obtida de forma emocionante pelo Chelsea. Precisando empatar em 0 a 0 ou vencer por qualquer resultado, os donos da casa pressionaram o Liverpool até chegarem ao primeiro gol, com o atacante Drogba, aos 33min do primeiro tempo.
Na segunda etapa, com o Liverpool melhor, veio o empate que daria aos visitantes a oportunidade de levar a partida para a prorrogação. O atacante espanhol Fernando Torres concluiu bela jogada do meia israelense Benayoun, aos 19min.
Na prorrogação, o Chelsea praticamente assegurou a vaga logo nos primeiros 15 minutos, com dois gols -poderiam ter sido três, se o que foi marcado por Essien não tivesse sido anulado por impedimento.
O primeiro veio de pênalti, cobrado por Frank Lampard aos 8min. O meia celebrou com choro e homenagem à sua mãe, Pat Lampard, que morreu na semana passada. Drogba, após cruzamento da direita, colocou 3 a 1 no placar, aos 15min.
Na segunda etapa, o gol de Babel, a três minutos do fim do tempo extra, assustou o time da casa, mas não foi o suficiente para tirar o sonho do Chelsea de ser o primeiro clube de Londres a ser campeão europeu.


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