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Chelsea leva Abramovich para casa
Clube inglês, do magnata russo, derrota Liverpool e chega à sua primeira decisão de Copa dos Campeões, em Moscou
Contra o Manchester United, no próximo dia 21, equipe tentará se tornar a primeira londrina a ganhar o principal título de clubes da Europa
DA REPORTAGEM LOCAL
Da Rússia veio o dinheiro que
tem ajudado, e muito, a transformar o Chelsea de clube médio inglês em potência européia. E será na Rússia, terra de
seu patrono, o magnata Roman
Abramovich, que a equipe londrina tentará dar o passo mais
importante rumo à sua confirmação entre os grandes.
Numa partida que acabou
apenas na prorrogação, o Chelsea derrotou o Liverpool por 3 a
2 e alcançou pela primeira vez
em sua história a decisão do
principal campeonato continental de clubes. Para dar o
passo adiante, terá agora de bater o Manchester United, no
dia 21, no estádio Luzhniki.
Depois de duas eliminações
na competição ante o Liverpool, a equipe londrina finalmente conseguiu dar o troco. A
última vez que os "Vermelhos"
haviam atingido a semifinal da
Copa dos Campeões e naufragado ocorrera em 1964. Contra
os "Azuis", o Liverpool, que
buscava sua terceira decisão
em quatro anos, havia levado a
melhor nas últimas duas vezes
em que se enfrentaram no mata-mata, ambas em semifinais.
Para desta dez não cair fora, o
Chelsea soube se aproveitar do
fato de decidir a vaga em seus
domínios. No estádio Stamford
Bridge, o time agora acumula a
marca de 67 jogos invicto.
A maior façanha internacional dos "Azuis" acontece na
temporada em que os investimentos de Roman Abramovich
não foram tão abundantes.
O clube já não contava mais
com o badalado técnico José
Mourinho, que, por problemas
de relacionamento com a diretoria, acabou deixando o Chelsea. A equipe, no entanto, não
foi atrás de nenhum outro treinador renomado. Apostou no
israelense Avram Grant, um
dos assistentes do português.
Com relação ao elenco, a
equipe também fez menos "escândalo" ao se reforçar.
Ao contrário de outras temporadas, em que arrancou a peso de ouro os principais craques de grandes europeus -como Ballack, ex-Bayern de Munique, e Shevchenko, ex-Milan-, no início do período
2007/2008 e também na janela
de contratações de inverno, em
janeiro, o Chelsea buscou reforços mais modestos, como o
meia francês Malouda.
A cobiçada vaga numa final
foi obtida de forma emocionante pelo Chelsea. Precisando
empatar em 0 a 0 ou vencer por
qualquer resultado, os donos da
casa pressionaram o Liverpool
até chegarem ao primeiro gol,
com o atacante Drogba, aos
33min do primeiro tempo.
Na segunda etapa, com o Liverpool melhor, veio o empate
que daria aos visitantes a oportunidade de levar a partida para
a prorrogação. O atacante espanhol Fernando Torres concluiu
bela jogada do meia israelense
Benayoun, aos 19min.
Na prorrogação, o Chelsea
praticamente assegurou a vaga
logo nos primeiros 15 minutos,
com dois gols -poderiam ter
sido três, se o que foi marcado
por Essien não tivesse sido
anulado por impedimento.
O primeiro veio de pênalti,
cobrado por Frank Lampard
aos 8min. O meia celebrou com
choro e homenagem à sua mãe,
Pat Lampard, que morreu na
semana passada. Drogba, após
cruzamento da direita, colocou
3 a 1 no placar, aos 15min.
Na segunda etapa, o gol de
Babel, a três minutos do fim do
tempo extra, assustou o time da
casa, mas não foi o suficiente
para tirar o sonho do Chelsea
de ser o primeiro clube de Londres a ser campeão europeu.
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