São Paulo, sábado, 01 de maio de 2010

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Levantadores regem finalistas

Bruno, do Florianópolis, e Rodriguinho, do Montes Claros, travam duelo de "cérebros" na Superliga

Menos badalado que filho de Bernardinho, maestro do time mineiro busca projeção em parceria bem-sucedida com o maior pontuador

Marcelo Justo/Folha Imagem
O oposto Lorena, do Montes Claros, maior pontuador da Superliga e que diz gostar das bolas levantadas por Rodriguinho, treina no Ibirapuera para a final de hoje

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma partida de xadrez. É assim que alguns dos principais personagens da decisão da Superliga masculina de vôlei definem o confronto entre Florianópolis e Montes Claros, hoje, às 9h30, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Em um confronto dito "cerebral", os levantadores acabam sendo as peças fundamentais para definir que time será o campeão desta temporada.
Do lado do Florianópolis, o maestro é mais conhecido e está acostumado aos holofotes. Atleta da seleção, Bruno, 23 anos e 1,90 m, tenta levar seu time ao quarto título nacional.
"Um estudo benfeito do jogo [do adversário] pode fazer a diferença nesta final. Então, meu trabalho vai ser importantíssimo na distribuição de bolas", declara Bruno, filho do técnico da seleção, Bernardinho.
Do lado do Montes Claros, Rodriguinho, 30 anos e 1,85 m, é dono do levantamento mais eficiente da fase de mata-matas desta Superliga. Assim como afirma seu rival de posição, Rodriguinho acredita que a leitura do jogo é tão importante quanto a ação dentro da quadra.
"Acho que o ponto forte do time deles são os centrais. Tive que estudar muito o Lucão e o Éder", afirma o jogador, que disputará sua segunda final.
Na temporada 1998/1999, ele assistiu, do banco de reservas, a seu time, o Suzano, ser superado pela Ulbra na decisão. Em quadra, o levantador titular era seu ídolo: Maurício.
"Eu tinha 18 anos e aprendi muito com ele", conta Rodriguinho. "Ele e o Ricardinho são os melhores levantadores do mundo da minha geração. Tentei aprender com o Maurício não só na parte técnica como na de tranquilidade", acrescenta.
Hoje, ele colhe os frutos do aprendizado. Parte do sucesso de Fabrício Dias, o Lorena, maior pontuador da história da Superliga, deve-se ao entrosamento entre o oposto e o levantador. A bola rápida, levantada de costas para Lorena, é a principal arma do Montes Claros.
"O entrosamento [com Lorena] foi rápido. Deu muito certo porque eu gosto de levantar essa bola rápida para trás, e ele gosta de atacar assim", diz o levantador do time de Minas.
Apesar de a jogada ser, de certo modo, manjada, Rodriguinho não abrirá mão de usá- -la na decisão desta manhã.
"Acho que a marcação dessa bola não vai ser um problema. Posso fazer uma finta de corpo para eles [bloqueadores do Florianópolis] saltarem no meio. A bola sobrará limpa para o Lorena", revela Rodriguinho.
Bruno foi mais reservado. O levantador não quis expor a tática do Florianópolis para conter o oposto mais badalado desta temporada. Limitou-se a afirmar que Lorena é "um cara que a gente tem que tomar cuidado nesta final".
"O Montes Claros não é só o Lorena. Eles têm um time homogêneo. Vou ter que me esforçar para driblar o bloqueio deles. O Acácio é um dos melhores bloqueadores desta Superliga. Sei que, para o Rodriguinho, a tarefa não será fácil também", declara Bruno.



TV - Florianópolis x Montes Claros
Globo e Sportv, ao vivo, às 9h30




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