São Paulo, sábado, 01 de maio de 2010

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Presentes no álbum são desfalques do Mundial

SANDRO MACEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sucesso absoluto em dez a cada dez bancas de jornal, o álbum oficial da Panini da Copa do Mundo não deve ser usado por quem quiser fazer apostas nos convocados.
Muitos dos jogadores que integram o álbum já são desfalques certos no Mundial.
Entre as figurinhas carimbadas, destaque para Ronaldinho Gaúcho. O número 500 do álbum perdeu espaço com Dunga e, salvo por uma mudança radical do treinador, dificilmente será convocado no dia 11 de maio.
Ainda na seleção brasileira do livro ilustrado, André Santos e Adriano correm sério risco -cada equipe do álbum é formada por 17 jogadores, o que dá uma pequena margem de segurança já que cada técnico pode convocar 23 para o Mundial.
Contundidos não foram uma barreira para a seleção do álbum: o inglês Beckham, que só deve voltar a jogar em novembro, estampa a figura nº 190; outro desfalque certo por lesão desde o começo do ano é o português Bosingwa, encontrado no nº 549.
Duas seleções divulgaram ontem uma lista de pré-convocados, Coreia do Sul e África do Sul. E o índice do álbum foi apenas razoável.
Dos 30 jogadores sul-coreanos pré-chamados pelo técnico, três não constam entre os 17 do álbum. Entre eles, o ídolo Seol Ki-hyeon, autor do gol que eliminou a Itália em 2002 e cortado por falta de condições físicas.
Já Carlos Alberto Parreira chamou 29 jogadores que serão observados antes da convocação final. Quatro atletas escalados no álbum ficaram de fora, ou cerca de 23,5%.
Em outros casos, o álbum oficial da Copa apostou em atletas que quase não têm sido convocados. É o caso do argentino Cambiasso, há tempos fora das listas de Maradona, ou do zagueiro italiano Legrottaglie, com apenas duas convocações nas eliminatórias europeias.
No site da Fifa, também é possível encontrar uma versão on-line do álbum oficial da Panini, com apenas 11 jogadores para cada seleção, ou seja, um time titular.
Lá, equívocos como o de Ronaldinho Gaúcho ou Beckham foram eliminados. Mas há outras estranhezas.
Diferentemente da maioria dos times, a seleção brasileira virtual joga apenas com três jogadores ofensivos: o meia Kaká e os atacantes de área Adriano e Luis Fabiano. Nada de Robinho ou Nilmar.
Até a Itália, que chegou a atuar no 3-6-1 na Copa de 2006, aparece com três atacantes no álbum virtual -Di Natale, Iaquinta e Gilardino.
Os famosos brucutus do meio de campo e os laterais (ou alas) foram preteridos por meias ofensivos.
A Espanha ficou apenas com Sérgio Ramos para jogar do lado do campo. Mas tem cinco jogadores no meio, incluindo os habilidosos Iniesta, Fàbregas e Xavi.
Já na seleção brasileira, o "técnico virtual" também não sabe o que fazer com a lateral esquerda. Assim, colocou no time Maicon e Daniel Alves, deixando fora André Santos e Michel Bastos.


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