São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Polêmicas esquentam clássico frio

PAULISTA
Estádio, árbitro e drible agitam este Palmeiras x Corinthians

DE SÃO PAULO

O duelo que ferveu nos anos 90 e esfriou na década passada começa hoje uma nova era com os elementos de um grande clássico.
Desde a escolha do local da partida até o sorteio do árbitro, promessas de dribles e rusgas entre os treinadores, Palmeiras e Corinthians decidem uma vaga na final do Paulista à moda antiga: com polêmicas antes e promessa de mais divergências depois.
O Pacaembu, um dos símbolos do Corinthians, virou a casa do Palmeiras. Por ter feito campanha melhor, o clube de Luiz Felipe Scolari teve o privilégio de escolher o local.
Adotou a arena, que será quase toda verde. Diferentemente dos anos anteriores, quando havia um acordo de cavalheiros entre os clubes, o tobogã, arquibancada que fica atrás de um dos gols, não ficará com a torcida visitante.
Aos corintianos pouco mais de 2.000 ingressos.
A arbitragem foi o assunto da semana. A escolha de Paulo César de Oliveira no sorteio, antecipada pelo "Jornal da Tarde", pôs na berlinda a federação paulista e irritou principalmente os palmeirenses, que se dizem perseguidos pelo árbitro. Em vão, pediram a substituição.
O Corinthians rebateu: Roberto de Andrade, diretor de futebol, disse que Scolari sempre cria polêmica antes das partidas importantes e que ele estava tentando influenciar a arbitragem.
O treinador palmeirense preferiu o silêncio: não falou durante toda a semana.
Tite falou, mas não citou o colega. Técnicos da escola gaúcha, eles eram amigos, mas a relação azedou no fim do Brasileiro-2010, quando o Palmeiras não fez muita força diante do Fluminense.
A amizade ruiu no jogo da fase de classificação deste Estadual, quando Tite tinha o cargo ameaçado após queda na Libertadores. Scolari disse que preferia até perder para salvar o treinador corintiano. Tite entendeu a declaração como um menosprezo.
O drible "chute no vácuo" do palmeirense Valdivia -ele finge que vai na bola e chuta o ar-, que já irritou rivais, foi motivo de falatório.
Os corintianos se dividiram. "Se o time dele estiver perdendo, ele vai fazer?", questionou Fábio Santos. Já Liedson defendeu o meia. "Não acho provocação."
Kleber, do Palmeiras, jogou panos quentes. "Acredito que será um jogo tranquilo." Após a partida, pode ser que ele mude de opinião.
(LUCAS REIS E RODRIGO BUENO)


Texto Anterior: Estaduais: Grêmio encara Inter pelo título
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.