São Paulo, sexta, 1 de maio de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE
Times de Franca e Rio Claro tentam bater estatística para, fora de casa, ir à final
Fator quadra é desafiado no Nacional

LUÍS CURRO
da Reportagem Local

Marathon/Franca, atual campeão brasileiro, e Brastemp/Rio Claro, dois dos semifinalistas do Nacional masculino de basquete, entram em quadra hoje desafiando suas estatísticas.
As equipes não têm boas performances longe de seus domínios, e ambas jogam fora de casa -o Marathon, no Rio, contra o Vasco, e o Brastemp, em Ribeirão Preto (SP), contra o Polti-COC.
Marathon e Brastemp jogaram neste Nacional 15 vezes em ginásios adversários. O resultado foi o mesmo: 4 vitórias e 11 derrotas (apenas 27% de aproveitamento).
Já nos 16 jogos em Franca, o aproveitamento do Marathon foi de 81% (13 vitórias e 3 derrotas); em Rio Claro, o Brastemp conseguiu 75% (12 vitórias e 4 derrotas).
"O fator campo tem que ser considerado. Há o costume, pontos de referência, estímulo da torcida. O time rende mais", admite Hélio Rubens, 57, técnico francano, ressaltando que "quem quer títulos precisa saber vencer fora".
Como agravante para Marathon e Brastemp, os adversários são os com melhor aproveitamento no campeonato em seus ginásios.
No Cava do Bosque, em Ribeirão, o Polti-COC obteve 88% (14 vitórias e 2 derrotas). O Vasco conseguiu ser ainda melhor ao jogar no Tijuca Tênis Clube, no Rio: 89% (16 vitórias e 2 derrotas).
"O ginásio influi bastante no fator psicológico do time da casa", afirma Alberto Seabra, 30, armador do Vasco. "A torcida vibrando leva o jogador a se motivar e se superar. É um empurrão a mais."
Ainda estatisticamente, um fator de diferença entre Marathon e Brastemp pode injetar ânimo na equipe de Franca e causar o inverso na de Rio Claro.
Neste Nacional, o Marathon jogou quatro vezes no Rio -teve aproveitamento de 50%. E para se classificar para a decisão, a equipe precisa justamente alcançar seu índice: vencer um de dois jogos.
Só que as vitórias do time de Franca no Rio foram contra Flamengo e Tijuca. Diante do Vasco, dois jogos e duas derrotas.
Quanto ao Brastemp, em desvantagem de 2 a 1 no playoff semifinal (melhor de cinco jogos), a classificação depende de duas vitórias em Ribeirão. E o aproveitamento nessa cidade neste campeonato é de 0% (duas derrotas).
"Além do fator quadra, temos uma influência psicológica negativa. A última partida estava praticamente ganha, mas perdemos.", diz José Roberto Lux, 53, técnico do Brastemp.
NA TV - Sportv, ao vivo, às 17h, Polti-COC x Brastemp; às 21h, Vasco x Marathon



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.